LA BARRERA: Mantenho uma relação afetiva com o Vizela.


Ex treinador do Futebol Clube de Vizela (até há doze jornadas atrás no presidente campeonato e meia epoca na temporada anterior na qual o Vizela desceu de divisão)) concedeu uma entrevista a Pedro Cadima do jornal O Jogo onde analisou o trabalho que fez e o que guarda da sua passagem por este clube. 

Senti respeito da parte de todas as pessoas que conheciam a realidade e entendiam o que nós pretendíamos.


O JOGO - Num clube com paixão exacerbada nas bancadas, como encara o julgamento que existiu, por vezes severo, dos adeptos?

RUBEN DE LA BARRERA - Tinha noção do lugar onde chegava, ainda que um treinador só depois conheça a verdadeira realidade. Tento levar as coisas positivas e recolher aprendizagens de tudo o que me aconteceu, isso é que me ajudará no futuro. Senti respeito da parte de todas as pessoas que conheciam a realidade e entendiam o que nós pretendíamos.

- De longe, que ligação guarda a Vizela?

-Ao terminar algo é momento de analisar e refletir. Mantenho uma relação afetiva com o Vizela. As pessoas sabem o que fizemos e as melhorias que se produziram. É uma cidade especial, onde há uma ligação forte a certos valores. Sigo os resultados e vejo que ainda podem lograr os objetivos. Quando saímos, éramos a equipa menos batida. Havia um processo positivo, apesar do andarmos no meio da tabela. Alegro-me que agora haja maior eficácia. O Vizela merece a I Liga.

- O que gostava de ter feito e não pôde?

-Não tem a ver com o tempo, foram as circunstâncias. Elas é que trariam maior regularidade e ajudariam a estabilizar o clube na I Liga com aspiração de crescer ano após ano.

- Uma descida e uma luta difícil na II Liga. O tempo correu muito depressa...

-Na passagem pela I Liga conseguimos cerca de mais 15 pontos em relação ao expectável, apesar dos condicionalismos. Houve impacto futebolístico e o reconhecimento de muita gente do futebol português, mesmo descendo. Estiveram postos em nós olhos de quem percebia a realidade dos jogos. Na II Liga éramos a equipa com a melhor defesa, a que menos chances permitia, e também a que tinha mais posse e que mais situações de golo criava. Havia solidez no jogo, mas infelizmente não chegou para ganhar com regularidade. 

Ruben de la Barrera chegou a Portugal vindo de passagem pela seleção de El Salvador. Seguiu no cargo após a descida do Vizela, mas não conseguiu os resultados ideais na II Liga. Puxa de galões pela herança que deixou a Fábio Pereira, que conduziu a equipa ao atual sétimo lugar.

(Ler entrevista completa)

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