Por Raquel: bombeiros de Vizela voltaram hoje ao rio


A equipa de mergulho e outros batedores voluntários dos Bombeiros de Vizela voltaram hoje ao rio Vizela para uma ronda derradeira de busca por Raquel da Costa que desapareceu há oito dias deixando o seu automóvel estacionado junto à ponte romana com a porta aberta, chave na ignição e documentos pessoais e outros objectos pertences no interior. 

O comandante Paulo Félix disse ao Digital de Vizela que, mais uma vez, as buscas revelaram-se infrutíferas não havendo qualquer sinal correspondente com o desaparecimento da presidente da Associação Desportiva de Lustosa-Lousada. 

Oito dias depois  o mistério adensa-se: estará Raquel,  38 anos, viva ou morta? Lançou-se ao rio depois de enviar uma mensagem de despedida aos familiares mais próximos e a sua viatura aparecer estacionada a poucos metros do Vizela e nas circunstâncias descritas ou não? 

Uma semana depois as dúvidas (ou suspeitas) são mais que muitas e nesta altura se fosse realizada uma auscultação à voz popular certamente que eram mais aqueles a dizer que acreditam que Raquel da Costa está viva do que o contrário. E não é difícil encontrar no seio da sua própria família e dos membros da ADL quem tenha a mesma inclinação. 

É verdade que os documentos pessoais de Raquel foram encontrados dentro da viatura. Mas o que aconteceu? Abandonou-os propositadamente? Foi forçada por alguém a deixa-los ali? Tirou uma segunda via dos documentos antes de engendrar uma possível trama, rapto e ou fuga? Ninguém da banda de cá sabe.

O caso está entregue à Guarda Nacional Republicana de Lousada. Compete a esta força militar encaminhar o processo para o DIAP-Departamentos de Investigação e Ação Penal Regional do Porto se o mesmo preencher os necessários requisitos que levem a uma investigação (em Portugal há pessoas desaparecidas, número que aumentou com o aparecimento das redes sociais) quase todas as semanas . A partir daqui, o tribunal poderá endereçar à Polícia Judiciária ou outras forças operacionais a respectiva investigação.

Ao que o ddV soube, Raquel da Costa tinha bastante conhecimento de informática, sabia lidar com computadores e internet com basta facilidade; a sua conta bancária é unipessoal (só ela pode ter acesso às informações) e o seu telemóvel, também deixado no automóvel abandonado, está bloqueado e ninguém sabe o pin de desbloqueio. 

Com o rio Vizela mais uma vez batido (hoje) desde a Ponte Romana até à mini-hidrica de Vilarinho-Santo Tirso, onde não é possível um corpo inerte prosseguir para jusante arrastado pela (fraca) corrente e baixo caudal, oito dias depois do desaparecimento de Raquel da Costa as dúvidas, incertezas, angústias sobretudo dos seus familiares, são as mesmas: Raquel desapareceu para a vida como deu a entender a sua sms ou desapareceu apenas do círculo da sua vida quotidiana?

Falta saber até quando estas pertinentes e inconclusivas questões irão subsistir.

Mergulhadores de Vizela hoje

Mergulhadores bombeiros de Vizela hoje.



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