Os trabalhadores da Resinorte - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, com uma unidade em Riba de Ave, estão em greve por melhores salários e condições de trabalho. Os trabalhadores estiveram concentrados à porta da empresa para mostrar o seu descontentamento. Esta jornada de luta é organizada pelo STAL/CGTP-IN.
A paralisação resulta da intransigência da administração em responder às reivindicações dos trabalhadores, que rejeitam receber “migalhas".
Em nota enviada à nossa redação o PCP refere:
"Esta situação é um de muitos exemplos de profunda injustiça, em que os trabalhadores apertam o cinto e os accionistas acumulam lucros. Em 2023, a empresa (do Grupo EGF, que teve cerca de 10 milhões de euros de lucros) obteve um resultado líquido positivo de 605.930,74 euros (tendo o lucro antes dos juros e impostos crescido 140% face a 2022). E decidiu distribuir dividendos no valor de 730.396 euros! Ou seja, optou-se por descapitalizar a Resinorte, em vez de se reinvestir na empresa e nos trabalhadores, o que é inaceitável, face ao importante contributo destes – com o seu árduo trabalho, empenho e dedicação – para os resultados".
A CDU marcou presença solidária com uma delegação que contou com Agostinho Lopes. O dirigente do PCP e deputado em várias legislaturas, sublinhou que é agora que se decide se, nos próximos cinco anos, haverá no Parlamento Europeu mais ou menos deputados conhecedores da realidade nacional, que estejam com os trabalhadores e o povo, preocupados com os seus problemas e a intervir para que eles se resolvam. É agora que se decide a força com que se fará ouvir a voz em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos povos da Europa, incluindo o direito do povo português a um caminho de desenvolvimento soberano.