PSD acusa que maior orçamento de sempre da Câmara de Guimarães não se sente no desenvolvimento do concelho

"O maior orçamento de sempre da Câmara Municipal de Guimarães para 2024, que ascende aos 175 milhões de euros, «não se sente no concelho». 

«A maior quantidade de sempre de dinheiro municipal disponível no Orçamento Municipal, que em dois anos aumentou 64%, não tem impacto positivo visível no concelho e os cidadãos e empresas vimaranenses não sentem este aumento de investimento no seu bem-estar, qualidade de vida, crescimento e afirmação do concelho», considerou o líder do PSD, Ricardo Araújo, hoje, no debate e votação do documento pelo executivo municipal.

O orçamento da Câmara Municipal de Guimarães foi de 107 milhões de euros em 2022, subiu para os 145 milhões de euros em 2023 e alcança o recorde de 175 milhões de euros em 2024. «Nunca como no atual mandato municipal do Partido Socialista houve tantos milhões disponíveis para investimento no concelho, mas apesar disso o nosso concelho continua com graves carências de investimento público, evidenciando problemas que se arrastam e continuam por resolver em vários domínios, desde os parques industriais, a atração de novas indústrias e investimentos, os principais acessos rodoviários, as ligações entre a cidade e as vilas, a requalificação de centros cívicos e outras obras nas freguesias, o acesso a habitação condigna e a preços acessíveis para jovens e as famílias da classe média, entre muitos outros. Ninguém entende ou aceita que a Câmara tenha os cofres cheios e um concelho estagnado», considerou e condenou o líder do PSD-Guimarães, Ricardo Araújo.

O vereador social-democrata e líder do PSD-Guimarães sublinhou que «os vimaranenses não sentem no seu dia-a-dia este aumento exponencial das receitas da Câmara Municipal, nem sentem que existam ambiciosos projetos para o futuro que mudem o atual estado das coisas». Mas pior que isso é que, mesmo com os cofres cheios, «com mais quase 70 milhões de euros anuais, o PS continua a cobrar e a arrecadar milhões em impostos municipais. Quando a Câmara Municipal tem a maior receita fiscal de sempre, com mais de 48 milhões de euros cobrados, os vimaranenses continuam a ter que suportar e enfrentar elevadas taxas e impostos, a par do aumento das suas despesas. Isto é inaceitável e merece o nosso forte repúdio», condenou Ricardo Araújo.

Para o presidente do PSD-Guimarães, «a Câmara Municipal deveria utilizar a sua política fiscal para tornar Guimarães um concelho atrativo para as empresas e as pessoas, não para as punir e castigar com a maior receita fiscal de sempre, mas para realizar um alívio da carga fiscal e devolver dinheiro e poder de compra aos vimaranenses e às empresas». Além disso, «a gestão socialista faz um truque de ilusionismo no IMI, baixando a taxa de 0,33 para 0,32, mas isto é feito prevendo manter exatamente igual o valor global da receita cobrada em 2023 e 2024, que se fixa nos 19 milhões de euros. Portanto, a Câmara faz que dá, mas não dá, porque vai arrecadar com o IMI extamente o mesmo valor nestes dois anos», censurou Ricardo Araújo.

Considerando que Guimarães continua a perder afirmação, notoriedade e prestígio face aos concelhos vizinhos, o líder do PSD-Guimarães defendeu que o Município tem que ter «outra visão estratégica e mais ambição para o concelho, implementando políticas mais amigas das famílias, do investimento e das empresas, contribuindo para aumentar o rendimento médio das pessoas e a oferta de serviços públicos». «Temos claramente de voltar a colocar Guimarães a crescer e a ser uma referência nacional e europeia; temos que ser mais ambiciosos e gerar maior desenvolvimento, qualidade de vida e bem-estar, criando melhores condições de vida para os que vivem e trabalham no nosso concelho», defendeu Ricardo Araújo.

O PSD de Guimarães pela voz do Vice-presidente e Vereador Hugo Ribeiro vem saudar a abertura hoje do Centro de Hemodinâmica no Hospital de Guimarães, “apesar do inaceitável atraso com que se verifica”. “O PSD ao longo dos últimos anos no Executivo Municipal, na Assembleia Municipal e na Assembleia da República defendeu e exigiu a abertura de um serviço de grande importância para os Vimaranenses e para a região”. Importa ainda recordar que este equipamento foi financiado em grande parte por privados e que, já depois de pronto a funcionar, o Governo do PS tardou inexplicavelmente mais de 5 anos para abrir”.


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