PS de Guimarães comemorou 50 anos


O PS de Guimarães comemorou, no passado dia 25 de novembro, na sua sede no Largo do Toural, os 50 anos do PS, com uma conferência sobre “Os caminhos para uma transição ecológica socialmente justa”, integrado num ciclo nacional de reflexão sobre os valores fundamentais do partido.

         


  Moderado por Ricardo Costa, este debate, em que participaram Helena Freitas (que foi Presidente da Liga da Proteção da Natureza e da Unidade de Missão para a valorização do anterior), o Professor Rio Fernandes, o Deputado Rui Lage e Tiago Brandão Rodrigues, teve por finalidade investigar até que ponto e como podem ocorrer as mudanças ecológicas, de modo socialmente justo.

            Numa sessão amplamente participada, Helena Freitas começou por referir que “os novos cenários climáticos já estão a mudar a nossa vida e que a crise climática vai alterar ainda mais radicalmente a forma como vivemos”, pelo que a “a mudança é imperiosa e tem que ser feita com as populações”. Relativizando o papel do ser humano na natureza, Helena Freitas lembrou os presentes que “o homem não vive no topo da pirâmide evolutiva” e que “para que a transição ecológica se faça de modo sustentável temos mesmo que mudar a produção alimentar, já que a agricultura industrial não tem grande sentido neste momento de transição”. “Temos, concluiu Helena Freitas, que desconstruir a agricultura industrial, que não paga as externalidades altamente negativas que produz, como o consumo exacerbado de água”.

            Pelo seu lado, Tiago Brandão Rodrigues falou das responsabilidades coletivas dos agentes políticos em “mudar consciências” e da dificuldade em conciliar a “consciência ecológica com as necessidades básicas dos cidadãos”.

            O Professor Rio Fernandes defendeu que “a natureza já não é um adversário a superar” e que “porque a natureza parte de processos de gestão e direcção política”, a cidadania ecológica é cada vez mais importante.

            Encerrou Ricardo Costa, Presidente do PS de Guimarães, chamando a atenção para a absoluta necessidade de integrar nos processos de decisão política as limitações e necessidades ambientais, sem as quais “a política não pode ser verdadeiramente progressista e transformadora”, capaz de “produzir resultados para o presente e para o futuro, respeitando as novas gerações e os seus direitos ainda por vir”.


Concelhia de Guimarães

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