Número de mortes por atropelamento em Portugal revela necessidade de mais medidas
Especialistas admitem que uma forte ação concertada poderia levar a zero mortes por atropelamento até 2050
Zurich revela aumento de sinistros com peões e apresenta conselhos práticos de prevenção
Em 2022, os dados de sinistralidade colocaram Portugal como o país da Europa Ocidental com mais mortes de peões. Os números constam do recente Relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária referente a 2022[1], que revela que Portugal Continental registou, no ano passado, um total de 32.788 acidentes, dos quais resultaram 462 vítimas mortais, sendo 15,2% peões. Estes números revelam um claro aumento face a 2021, com mais 37,3% de vítimas mortais por atropelamento. Mais de metade dos acidentes com vítimas mortais, em 2022, aconteceram dentro de localidades, com o distrito do Porto a liderar este ranking de sinistralidade.
“A Zurich Portugal tem também registado um aumento de sinistros com peões”, destaca Rui Gil, Chief Claims Officer da Zurich Portugal. E acrescenta: “Há vários motivos para estas altas taxas de fatalidade e, em particular, para este aumento nos números de sinistralidade de peões. Hoje em dia, assistimos ao surgimento de novas formas de mobilidade – como as bicicletas e trotinetes elétricas – que impactam fortemente a segurança rodoviária. Ao mesmo tempo, sabemos que há mais fontes de distração, como os telemóveis”, acrescenta.
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária admite que a aplicação eficaz de cuidados redobrados por parte de peões e condutores poderá permitir chegar ao ano de 2050 com zero mortes de peões. Para que esta ambição se concretize, tem existido uma implementação progressiva de fortes medidas de controlo e limitação de velocidade em zonas pedestres, assim como a consciencialização coletiva para as três principais causas dos acidentes rodoviários: o excesso de velocidade, condução com excesso de álcool e uso do telemóvel ao volante.
Contudo, “há ainda a necessidade de priorizar medidas de fiscalização que permitam melhorar a segurança, sobretudo à noite. O esforço entre entidades públicas e privadas, incluindo seguradoras, tem de ser conjunto, de forma a reforçar a segurança rodoviária e a garantir que as nossas localidades são seguras e protegem a vida das pessoas”, alerta José Coutinho, Chief Underwriting Officer da Zurich Portugal.
Para lidar com estes riscos e mitigar o seu impacto, o foco tem de ser a prevenção. “Temos de consciencializar e incentivar a mudança comportamental, alertando os condutores para que tenham uma condução segura e sem distrações e os peões para que sejam cautelosos e prudentes quando circulam nas ruas. Queremos ajudar os peões e os condutores a protegerem-se de situações inesperadas e alertar para os perigos existentes”, conclui.
O Dia Europeu Sem Mortes na Estrada, que se celebra a 26 de setembro, é uma iniciativa que visa contribuir para a redução da sinistralidade rodoviária, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde pública. Nesse sentido, a Zurich Portugal realça uma série de conselhos práticos no Mundo Z que visam contribuir para a redução dos sinistros relacionados com atropelamentos.