O presidente da República faltou em junho às comemorações dos 650 anos do Tratado de Tagilde que decorreram em Tagilde-Vizela apesar de apadrinhadas por Marcelo Rebelo de Sousa.
Cópia do Tratado em Inglaterra |
A ausência do presidente deixou muita gente de Vizela desiludida, inclusive a Autarquia promotora, a Câmara Municipal de Vizela e também a União de Freguesias de Tagilde-S.Paio.
As comemorações de Tagilde, onde foi firmado o tratado da mais velha aliança militar do mundo entre Portugal e a Inglaterra, contaram com um representante do Governo e do embaixador inglês mas quanto a Marcelo nem vê-lo. Entretanto, o presidente da República está hoje em Inglaterra para igual efeméride. O campeonato dos pequenos?
A Câmara Municipal de Vizela não se fez representar em Londres.
Entretanto o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai estar em Londres, como noticiou o Expresso, hoje e quinta-feira para celebrar os 650 anos da aliança luso-britânica, incluindo um encontro com o rei Carlos III no Palácio de Buckingham.
Presidente da República vai ao Palácio de Buckingham celebrar 650 anos da aliança luso-britânica
Escreveu JOSÉ SENA GOULÃO (Expresso)
"Celebrações dos 650 anos da Aliança Luso-Britânica são o resultado de uma iniciativa não oficial de caráter voluntário e sem fins lucrativos. Marcelo Rebelo de Sousa estará em Londres esta quarta e quinta-feira.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai estar em Londres na quarta e quinta-feira para celebrar os 650 anos da aliança luso-britânica, incluindo um encontro com o rei Carlos III no Palácio de Buckingham.
O Presidente português será recebido pelo monarca britânico na quinta-feira de manhã no Palácio de Buckingham, onde serão tocados os dois hinos nacionais e os dois chefes de Estado vão passar revista a militares ingleses e portugueses em parada.
Posteriormente, vão participar numa cerimónia na Capela da Rainha do Palácio de Saint James, que era usada pela rainha Catarina de Bragança (1638-1705), casada com o rei inglês Carlos II.
O serviço religioso anglicano incluirá leituras de textos bíblicos e música inglesa e portuguesa da época interpretada por músicos e por dois coros, devendo durar no total cerca de 40 minutos.
Presentes vão estar representantes oficiais de Portugal e do Reino Unido, entre os quais os respetivos ministros dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho e James Cleverly.
No interior da capela estará exposto o original do Tratado de Londres de 1373, assinado por Eduardo III de Inglaterra e Fernando I de Portugal, que iniciou aquela que é a mais longa aliança diplomática em vigor no mundo.
Após o evento, o Presidente português está convidado para uma receção oferecida pelo atual Duque de Wellington, Charles of Wellesley, em Apsley House, a antiga residência da família que atualmente é património histórico e funciona como museu.
Wellesley é descendente de Arthur, o duque de Wellington que lutou contra as Invasões Francesas na Península Ibérica entre 1808 e 1813, chegando a comandar as forças armadas portuguesas.
Na altura, o sucesso em rechaçar as tropas de Napoleão valeram ao oficial militar britânico os títulos de marquês do Douro, de duque da Victoria, marquês de Torres Vedras e conde do Vimeiro.
O rei britânico não estará presente, mas será representado pelo primo da mãe, o duque de Gloucester, príncipe Ricardo, e pela mulher, a duquesa de Gloucester, Birgitte van Deurs Henriksen.
Marcelo Rebelo de Sousa e Carlos III estiveram juntos recentemente numa receção no Palácio de Buckingham na véspera da cerimónia de coroação do monarca britânico, em 06 de maio.
Antes, na quarta-feira à tarde, o Presidente fará uma visita ao festival de gastronomia Taste of London, onde Portugal vai estar em destaque com um pavilhão alargado e atividades promovidas pelo Turismo de Portugal.
À noite, será o convidado especial de um jantar promovido pelo Conselho da Diáspora Portuguesa e pela Câmara de Comércio Portuguesa no Reino Unido apenas para convidados.
As celebrações dos 650 anos da Aliança Luso-Britânica são o resultado de uma iniciativa não oficial de caráter voluntário e sem fins lucrativos, que arrancou em 2018 e denominada de Portugal-UK 650.
A Portugal-UK 650 estima ter promovido nos últimos quatro anos pelo menos 300 atividades com mais de 180 parceiros em áreas como a investigação académica, educação, cultura, economia ou militar".
EXPRESSO
Vídeos das comemorações em Vizela