Vocalista do conjunto vizelense 4 Mens tem direito a quase duas páginas numa revista de âmbito nacional editada aos domingos pelo Jornal de Notícias.
No último domingo a NM fez manchete (capa) e dez páginas no interior com A Vida Oculta dos Cantores Populares e Artur Peixoto foi dos destacados.
Na peça do jornalista Pedro Emanuel Santos pode-se ler:
DIAS CHEIOS DE TANTA COISA
Artur Peixoto, vocalista da banda 4 Mens desde 2006, é outro exemplo de que a música nem sempre é exclusivo profissional. Com 32 anos, além das canções tem ainda que lidar diariamente com funções muito próprias em duas empresas, uma de gás e outra de produtos agroalimentares.
"É cansativo", desabafa. "Tenho que estar sempre de ambos os lados profissionais, embora tenha conseguido sempre fazê-lo. Mesmo quando era estudante juntava a música ao resto", afirma.
Tal como a generalidade dos artistas populares, os meses de abril a outubro são os mais pesados. Os concertos, uma média de 80 por ano, deixam tempo para pouco mais, os ponteiros do relógio rodam demasiado rápido para conseguirumages- tão delicada e firme do tempo.
"Felizmente, tenho uma equipa fantástica e consigo sempre conciliar. A única coisa que faço é folgar sempre às segundas-feiras, porque os fins de semana são imensamente cansativos e obri- gam quase sempre a deslocações longas. Já para não falar das idas para fora do país para espetácu- los para emigrantes", realça. As segundas-feiras são, portanto, o dia sagrado de Artur Peixoto. "Para retemperar energias e estar com a família, que sempre me apoiou a 100%", justifica.
E a quem garante que irá sempre apontar toda a dedicação, apesar de uma vida passada em cor- reria constante. Como é a vida de todos os artis- tas que sobem aos palcos e fazem a alegria de mi- lhares de pessoas e vão depois para o emprego de sempre. Como se despissem uma pele e ves- tissem outra com toda a naturalidade do mundo. Como se a transformação mais não fosse do que o sinal cristalino de que as luzes e a ribalta nem sempre são o mar de rosas que os contos de fadas prometem, apenas a concretização de um sonho maior pago com muito suor e sacrificio. Um prazer viciante ao qual é impossível respon- der que não."