O Jornal do Porto, edição de 2 de Setembro de 1873, foi taxativo em escrever da necessidade de se construir um cemitério em Vizela para dar resposta à grande pandemia pois por aquela altura os mortos eram sepultados nas igrejas e aquelas estas estavam sobrelotadas.
"VARIOLA. Nas duas freguezias de S. Miguel e S. João, das Caldas de Vizella tem sido tamanho o numero de víctimas com a epidemia da varíola, que as sepulturas destas duas igrejas já não supportam mais cadáveres .
Não seria agora ocasião opportuna para obrigar aquelas importantes freguezias (tão concentradas) a formarem um cemitério parochial commum a ambas para ficar mais economico?
A permanencia da epidemia n'aquela localidade não se poderá attribuir à accumulação de cadaveres em putrefacção dentro daquellas duas pequenas igrejas?" - escreveu aquele periódico num texto encontrado pelo nosso colaborador António Cunha.
Importa acrescentar que as atuais igrejas de S. João e S. Miguel não eram as atuais. Em S. Miguel era a igreja matriz que ainda existe enquanto a de S. João deu lugar à atual.
Ler aqui sobre a epidemia da varíola.