Carta aberta das Associações de Pais do Agrupamento João de Meira ao Ministro da Educação
Associação de Pais E. Educação EB1 Oliveira do Castelo
para Associação, APEEJM,
Exmo. Sr. Ministro da Educação,
Exmo. Sr. Primeiro-Ministro,
Vivem-se, ao longo das últimas semanas, tempos excecionais nas escolas de todo o país, e também no Agrupamento de Escolas João de Meira, com greves e manifestações dos profissionais da educação.
Desde sempre temos manifestado a nossa preocupação com a falta de assistentes operacionais e outros técnicos, essenciais para o bom funcionamento das escolas e apoio aos alunos, assim como com a crescente falta de docentes colocados no início do ano letivo, ou com a sua colocação tardia, a insuficiência de técnicos especializados, a falta de condições materiais e de espaço, entre tantos outros aspetos, que interferem no bom funcionamento das escolas e na formação das nossas crianças e jovens.
Após 2 anos de uma pandemia que gerou instabilidade nas crianças, aumentando mesmo as problemáticas relacionadas com a saúde mental, torna-se fundamental que a Escola seja, para todos os agentes educativos um espaço que promova o ensino e o bem-estar na comunidade.
Acima dos constrangimentos e transtornos que esta greve tem criado aos pais e Encarregados de Educação e, concomitantemente, aos alunos, esperamos que este seja um momento de mudança, para o futuro da educação e para os nossos educandos.
Temos estado em constante articulação com os Encarregados de Educação que nos manifestam preocupação com as seguintes questões, para as quais não temos resposta, e que merecem a melhor atenção de todos, pois serão transversais aos Encarregados de Educação das diferentes escolas do país:
• como serão recuperadas as aprendizagens que possam ficar comprometidas?
• que resposta existe para os alunos que farão exames nacionais?
• que resposta existe para os alunos que farão provas de aferição?
• como garantir a equidade em termos de educação?
É nosso maior desejo que os nossos educandos frequentem escolas com boas condições e a funcionar em pleno, onde todos (alunos, docentes e não docentes) se sintam dignificados, a Escola é por excelência um espaço nobre onde, diariamente, confiamos os nossos filhos.
A educação não pode ser desvalorizada, desvalorizar as reivindicações daqueles que são os pilares da educação é desvalorizar, também, os pais e os alunos da escola pública e isso não pode acontecer.
Como pais e Encarregados de Educação, defendemos um ensino de qualidade para os nossos educandos, tal só será conseguido com a dignificação da educação em Portugal.
Por tudo o supracitado, a APEEOC, a APEEJM e a Associação de Pais/EE EB1/JI São Roque, entendem e respeitam a luta destes profissionais, apelando à necessidade, urgente, de serem encontradas soluções de entendimento entre as partes e uma resposta por parte do Ministério da Educação que garanta uma escola pública de qualidade para todos, pensando sempre no futuro das nossas crianças e jovens.
Como pais e Encarregados de Educação, exigimos um ensino de qualidade para os nossos educandos e tal só será conseguido com a dignificação e valorização da educação em Portugal.
Estaremos sempre disponíveis para ajudar, enquanto pais e Encarregados de Educação, na defesa da escola pública de qualidade.
Associação de Pais e Encarregados de Educação EB2,3 João de Meira
Associação de Pais e Encarregados de Educação EB1/JI de São Roque
Associação de Pais e Encarregados de Educação EB1 Oliveira do Castelo
Guimarães, 7 de fevereiro de 2023
2023-Greve_Carta_Ministro.pdf