Acolhimento desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Destes, 60 ainda estão no concelho, sendo sobretudo mulheres e crianças. Os mais novos são 21, praticamente todos a frequentar estabelecimentos de ensino do concelho – só uma criança, com menos de um ano, não está na escola.
Ao todo, Santo Tirso já acolheu 39 famílias. Atualmente, 25 permanecem no concelho. Um grupo de famílias que é composto, no total, por nove homens, 30 mulheres e 21 crianças e jovens. Neste ano letivo, há cinco crianças a frequentar o pré-escolar e 15 distribuídas pelo ensino básico, secundário e profissional.
Além das escolas de Santo Tirso, alguns destes jovens encontram-se a frequentar um estabelecimento de ensino em Vila Nova de Famalicão, concelho vizinho.
“Estas famílias confiaram em nós e Santo Tirso tem-lhes dado o espaço e o tempo necessários para enfrentarem o momento difícil que o seu país atravessa, garantindo também a preservação da sua privacidade. Do nosso lado, o apoio continua e vai continuar, procurando dar as respostas mais adequadas às necessidades de cada um”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa.
Estes agregados familiares, que estão a ser acompanhados pela Divisão de Ação Social da Câmara Municipal de Santo Tirso, encontram-se, na sua maioria (13), a viver em casa de familiares ou amigos. Há, ainda, quatro famílias apoiadas pela medida Porta de Entrada, cinco a residir em habitações municipais e três em casa cedida.
Nove destas pessoas estão integradas no mercado de trabalho. Três delas em empresas com sede no concelho, nos setores da metalomecânica, do têxtil e do calçado.
A primeira família de refugiados ucranianos chegou a Santo Tirso a 10 de março. Em junho, eram já 34 as famílias acolhidas no concelho, no âmbito das operações coordenadas pelo Município.
Na altura, o presidente da Câmara Municipal explicava que o apoio da câmara passava “pelo acompanhamento dos agregados familiares e suporte no registo provisório de residência, bem como pela centralização dos pedidos de auxílio por parte dos refugiados e, também, das ofertas de empresas, instituições e particulares”.
Alberto Costa antecipava ainda o “curso de verão para o ensino da Língua Portuguesa, tendo em conta que esse é um dos principais constrangimentos identificados para a autonomização dos agregados familiares que, por não conhecerem a língua, necessitam da intervenção dos nossos serviços para a resolução de situações básicas do dia a dia” – e, em setembro, 13 jovens alunos ucranianos receberam o diploma do curso “Português + Perto”, promovido pelo Município.