A quase vazia sala de imprensa do Moreirense


 Tiago Cunha, elemento ligado à Comunicação do Moreirense Futebol Clube fez no seu perfil de Facebook uma chamada de atenção,  ou se quiserem uma comparação, entre as conferências de imprensa deste clube a temporada passada e esta. 

A foto mostra a sala de imprensa do Parque de Jogos Joaquim de Almeida  Freitas com com o treinador Paulo Alves, que já  treinou o Vizela, e apenas um jornalista, no caso o representante da Rádio Vizela (estação que acompanha o Moreirense FC há 36 anos, desde a fundação da rádio pirata em 1986, era o campo de futebol dos moreirenses ainda pelado).

Nas oito épocas transactas, em que o Moreirense militou na I Liga, sobretudo nas visitas dos três grandes, os jornalistas das rádios, jornais e televisões acotovelavam-se para ouvir o treinador local. Com a descida do Moreirense à II Liga, o cenário é este, "num futuro admirem-se da sala estar vazia e as luzes apagadas"...refere a mesma nota de Tiago Cunha.

O Moreirense é um clube que nutre por todos os órgãos de informação um carinho fantástico (como tal a Rádio Vizela, que sempre o acompanhou tem a primazia de fazer a primeira pergunta antes e depois dos jogos), não são conhecidos casos de falta de respeito e atos pidescos para quem tem a missão e o direito de informar livremente a verdade, como pode ser aferido por todos os jornalistas (quem conhece minimamente Vítor Magalhães sabe que o Presidente nunca o admitiria tal arrogância e desrespeito pela liberdade de informar), mas a realidade é o que é. 

No post alguns comentários alertam que nos camarotes é igual "já não há quem se acotovele a pedir bilhetes para ver os jogos à borla".

A debandada no futebol (e não só) é assim (já o ano passado o Rio Ave fez observação idêntica e com os restantes clubes é ou será igual) vindo ao encontro da estrofe da canção de Zeca Afonso 'Eu Marchava de Dia e de Noite'

"Quando tudo te corre a prazer

Vem amigos estender-te a mão

Mas se Deus ou o Diabo
Viram tudo ao contrário
Ninguém vem levantar-te do chão
Ninguém vem levantar-te do chão."



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