Depois da conferência de imprensa de ontem da Coligação PSD-CDS de Vizela sobre o pedido de empréstimo municipal para o Castelo, a Câmara Municipal de Vizela distribuiu pela Imprensa um comunicado que publicámos na sua íntegra.
COLIGAÇÃO VIZELA É PARA TODOS PSD CDS/PP ESTÁ CONTRA A OBRA DO EDIFÍCIO DO CASTELO DE VIZELA
No decorrer do dia de ontem, a Coligação Vizela é Para Todos sentiu a necessidade de dar a sua primeira conferência de imprensa deste mandato, de forma a justificar o injustificável, isto é, chumbar o empréstimo e inviabilizar a reconstrução do Edifício do Castelo.
O “Castelo da Ponte”, reconhecido por todos os Vizelenses como um dos símbolos da luta autonómica, com o objetivo de aí se estabelecer os Paços do Concelho. Esta intervenção recupera um símbolo identitário do concelho de Vizela, tal como permite, 25 anos depois, abertura deste espaço a todos os Vizelenses.
De uma análise fria dos argumentos apresentados pela coligação, rapidamente se verifica que os mesmos demonstram profundas contradições e lançam uma série de dúvidas, desde logo:
· A Coligação é a favor da obra, mas vota contra o empréstimo;
· A Coligação afirma que a obra deve ser feita com capitais próprios, mas não disse que despesas deixariam de ser feitas, no valor de 2 milhões e 200 mil euros (1 milhão e 800 mil de empréstimo, mais 400 mil de capitais próprios), para permitir a execução desta obra;
· A Coligação afirma que a obra poderia ser feita nos mesmos moldes dos sintéticos, com uma execução média de 200 mil euros/ano, esquecendo-se de dizer que a reconstrução do “Castelo da Ponte”, nestes termos, demoraria 11 anos a ser concluída;
· A Coligação afirma que a obra poderia ser feita com os salários de dois vereadores, 90 mil euros/ano, e, desta forma, a obra demoraria 24 anos a ser executada;
· A Coligação afirma que a obra é urgente e premente, mas pode esperar pelos fundos comunitários e, face às alterações sociais associadas ao COVID 19 e à Guerra na Ucrânia, podiam colocar o projeto do Edifício do Castelo mais 10 anos na prateleira.
· A Coligação afirma que a Câmara Municipal Vizela face à contração deste empréstimo fica no limiar máximo do endividamento, esquecendo-se (nos termos dos documentos distribuídos para a reunião de câmara) que o teto máximo do endividamento do município de Vizela é de 20 milhões e 642 mil euros, tendo a Câmara de Vizela uma margem absoluta de endividamento de 9 milhões e 744 mil euros, atendendo que a atual divida da Câmara Municipal é de 10 milhões e 898 mil euros;
Em suma, esta conferência de imprensa revela que, ao longo dos últimos 4 anos, o PSD e CDS PP foram os “Yes Man” da Coligação pós-eleitoral que esteve à frente dos destinos do concelho de Vizela, pois só assim se entende que, no caso da Ponte da Aliança, onde a estratégia foi a mesma – pedir um empréstimo, fazer a obra e aguardar pelo financiamento comunitário – o PSD e o CDS/PP tenham votado a favor e agora votem contra.
Esta é a prova de que a Coligação Vizela é para Todos continua a revelar falta de preparação para governar os destinos do concelho de Vizela e pouca vontade de lutar pela alteração do paradigma de onde partimos há 4 anos, um Concelho estagnado e onde muitos se questionavam se tinha valido a pena ter lutado pelo concelho de Vizela.
CÂMARA MUNICIPAL DE VIZELA