Em todo o caso, Sá Pinto, que considera ter pela frente a equipa com melhor plantel da II Liga, está confiante numa vitória da sua equipa e na manutenção recordando, inclusive, os 4-1 com que venceu o Vizela.
Ainda sobre o último jogo em casa, o treinador abordou o castigo que lhe foi aplicado atirando culpas para cima do capitão da GNR.
Citado pela Rádio Santiago, o treinador referiu:
Procurou trabalhar as ideias que vinham de trás ou trabalhar nuances que possam surpreender o adversário?:
"Houve grande demérito nosso no último jogo e muita eficácia do
adversário, que fez dois remates à baliza e fez dois golos. O adversário
tem valor, tem o melhor plantel da 2.ª Liga, mas os golos forma muito
consentidos, houve demérito nosso. Houve alertas, correções, sinto que
eles perceberam que não se pode esta num jogo sim e noutro não. Temos de
estar sempre 100 por centro concentrados e a respeitar o adversário,
porque quando isso não acontece somos penalizados. Pusemo-nos a jeito
por demérito nosso. Temos de demonstrar que somos uma equipa da 1.ª
Liga."
Voltará a estar fora do banco...: "Para
mim é uma grande injustiça estar fora. Este Capitão (n.d.r.: da GNR)
Orlando Mendes foi um grande irresponsável. Ele deve ter ouvidos de
super homem para ouvir aquilo que diz que ouviu. Era impossível ouvir no
meio daquele estádio. Não percebo esta maldade, esta velocidade de
decisão perante imagens que provam o contrário. Não fiz um gesto
obsceno, não há palavras obscenas. Há braços no ar, isso é suficiente
para tirar um treinador de uma final em que está em causa o sucesso de
uma equipa? Não consigo perceber como isto é possível existir no
futebol. Há casos graves que demoram um ano a ser julgados. Toda a gente
sabe o impacto que tenho na liderança da equipa, sinto que posso ajudar
a equipa, e isto não se faz. Este Capitão é um grande mentiroso, pôs em
causa o sucesso deste clube e desta Vila e ninguém diz nada. As pessoas
da Vila têm de se revoltar com este Capitão. Mas, sabem o que vai
acontecer. Vai ser contra tudo e contra todos. Isto faz-nos mais fortes,
mais unidos, e amanhã vamos manter-nos na Liga."
Questionou o porquê desta situação?:
"Pus-me à disposição para tudo. Mostramos tudo limpinho. Os delegados
da Liga viram as mesmas coisas que o outro senhor viu e não escreveram
nada. Era impossível ter visto, estava nas minhas costas. Acho incrível
que o Conselho de Disciplina, que eu respeito, seja obrigado a
penalizar-me pelo que ele escreveu. Este senhor é que me tirou do banco.
Não fiz manguitos, como ele disse. Esbracejei, isso é motivo para tirar
um treinador da final. É uma revolta que tenho cá dentro. Não consigo
perceber como isto aconteceu no futebol. Isto foi decidido demasiado
rápido. Eu não merecia. Nunca fui expulso desde que estou cá, tenho
sempre um comportamento exemplar durante os jogos. Só cá é que isto é
possível. Temos uma grande equipa técnica, os jogadores acreditam."
Quando fala da rapidez da decisão, entende que tem alguma coisa a ver consigo?:
"Não quero levar para aí, mas estou triste com isto. No máximo, uma
advertência por uma conduta menos aceitável. Levar dois jogos depois de
os adeptos deles terem simulado golos do Tondela durante o jogo todo,
tinha os jogadores nervosos, sem se conseguirem concentrar. No final do
jogo houve um despejar da adrenalina perante uma injustiça que estava a
acontecer. Não festejo as derrotas de ninguém, mas sim os méritos da
minha equipa."