O Padre Mário de Oliveira morreu, esta quinta-feira, aos 84 anos. Era uma figura lendária da luta contra a ditadura, pela resistência antifascista que travou durante os anos do Estado Novo e uma das figuras mais controversas da igreja católica.
Ficou conhecido pelas suas Eucaristias na Lixa que chamavam fiéis de toda a parte, inclusive de Vizela de onde partiam excursões. Esteve em Vizela numa sessão de esclarecimento a convite da Comissão Política do Partido Socialista de Vizela, na anterior sede deste Partido na rua Joaquim Pinto, já depois de criado o concelho de Vizela.
Mário de Oliveira sofreu a 27 de janeiro um acidente de viação, em Macieira da Lixa, concelho de Felgueiras, distrito do Porto. Esteve internado nos cuidados intensivos devido a diversas fraturas e ferimentos provocados pelo acidente e acabou por falecer hoje no Hospital de Penafiel.
Além de Padre, Mário de Oliveira era também escritor e jornalista e ficou conhecido por, antes do 25 de Abril, ter criticado duramente a guerra colonial, vindo a ser perseguido pela PIDE. Chegou a ser enviado como capelão para a guerra colonial, e foi aí que se confrontou com os dramas pessoais dos soldados e com a ocupação colonial.
Foi-lhe retirado o direito de pároco devido ás polémicas causadas.
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| Autor J.P.C.Marques |
