A 7 de Setembro de 2014 um menino de S. Paio de Vizela, de 13 anos, de nome Bruno Lopes, que hoje teria 20 anos, estava na companhia do pai a assistir na Penha ao Rali de Guimarães quando um carro se despistou e lhe tirou a vida, a outra criança de 8 anos e a uma mulher da Trofa.
Relação confirma condenação de organizadores de rali com três mortes em Guimarães
Hoje o Tribunal da Relação de Guimarães confirmou a condenação por homicídio negligente de quatro responsáveis pela organização da edição 2014 do Rali Sprint de Guimarães, em que morreram três espetadores colhidos pela viatura da foto que se despistou.
O presidente da junta de S. Paio disse hoje ao ddV que a morte do menino foi um manto enorme de tristeza que cobriu aquela freguesia do concelho de Vizela.
"É importante que se faça justiça pois a família do Bruno merece, não se lhe pode devolver a grande perda que foi a partida desta bonita criança, mas a justiça deve imperar sempre porque acaba por trazer alguma paz a quem tanto sofreu e sofre ainda." - disse António Ferreira.
Segundo nota publicada esta sexta-feira na página da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, a Relação fixou a pena de prisão em 18 meses para cada um dos arguidos, suspendendo-a na sua execução por igual período.
Na primeira instância, os arguidos tinham sido condenados a penas de 22 e 26 meses de prisão, igualmente suspensas.
Os factos reportam-se ao despiste de um automóvel de competição, no dia 7 de setembro de 2014, em Guimarães, durante a classificativa do Rali Sprint de Guimarães.
A viatura colheu oito espectadores, matando três deles.
O tribunal considerou provado que no veículo automóvel tinham sido efetuadas modificações que "enfraqueceram" as suas condições de segurança.
Com essas modificações, os esforços incidentes sobre o conjunto roda/suspensão levaram à "rutura gradual" de parafusos de fixação, à consequente frouxidão da roda traseira esquerda e à perda de controlo do veículo por quem o tripulava.
Os quatro arguidos foram condenados enquanto responsáveis pela organização da prova, por ter ficado provado que foi posta em execução em "flagrante violação" das normas que regem a segurança nos ralis, desde logo por não estarem identificadas zonas de risco nem estas estarem protegidas por equipamentos de segurança.
Notícia do acidente. Ler aqui