Comerciantes: "Poucos a lutar na rua e a maioria no sofá"

- Vizelenses foram os mais participativos na manif levando um burro, dois gigantones, cartazes e a sereia da Pesada.(Com vídeo)

A exemplos das anteriores manifestações de apoio à reabertura de restaurantes, cafés, cabeleireiros e outro comércio similares (com regras) e apoios mais substanciais e céleres ao setor,


a concentração ontem à tarde no Porto teve mais agentes da Polícia Municipal e PSP (inclusive polícia de choque que não chegou a intervir e vários agentes infiltrados à paisana) para além de uma pretensa rusga da cavalaria e órgãos de informação, com todos os canais de televisão presentes, do que manifestantes.


O cúmulo da inércia da maioria pôde-se constatar logo à partida através do autocarro que saiu de Vizela às 13h45 com viagem gratuita para quem desejasse acompanhar, seguindo esta viatura para a cidade invicta com mais lugares vazios do


que ocupados e depois na fraca representação dos manifestantes nortenhos nos Aliados o que mereceu severas críticas de alguns oradores. As cerca de duas dezenas de vizelense constitui, no entanto, a maior concentração por localidade, fazendo estes jus ao lema, "poucos mas bons". 

Dany Dias, funcionário do Rio Esplanada Bar, encabeçou a organização e ainda custeou despesas do seu bolso.


Os mesmos fizeram tremer a Avenida dos Aliados com o toque estrondoso da sereia e a Câmara Municipal portuense no local e da qual não saiu nenhum político para dar apoio presencial apesar do apelo da aparelhagem sonora à presença do edil Rui Moreira. PSD E CDS Rui Rio auscultou os apelos dos setores numa reunião mantida momentos antes da manifestação com o Movimento Pão e Água e o líder do CDS-PP esteve na concentração embora tivesse falado apenas para os órgãos de informação sem ter subido ao palco.


O receio da organização em partidarizar a concentração, dando apenas voz aos comerciantes, terá levado à não subida de Francisco Rodrigues dos Santos ao palco. Porém este mostrou-se solidário com os protestantes prometendo fazer valer os seus direitos no Parlamento.


Francisco Rodrigues dos Santos falou com representantes do movimento, que inicialmente agregava empresários da restauração, comércio, hotelaria e eventos, mas entretanto viu outros setores juntarem-se, como cabeleireiros, comércio de rua e trabalhadores independentes. 


O vizelense Kapinha (com bar por cima do Mercado de Vizela) teve uma brilnate intervenção do palco, sendo muito aplaudido.

 "O CDS está preocupado com as dificuldades de centenas de milhares de microempresários que hoje em dia não têm meios para subsistir, para pagar as suas despesas e pagar os seus negócios, salvar os empregos dos trabalhadores e terem dinheiro para custear as necessidades das suas famílias", disse o líder do CDS-PP. 


DEIXEM-NOS TRABALHAR 

As críticas foram ainda orientadas na direção do Governo, sobretudo nas medidas adotadas que impedem os comerciantes de trabalhar, nomeadamente da restauração, depois de os terem obrigado a apetrechar os seus restaurantes com acrílicos, desinfetantes, redução de lugares, etc. Alguns referiram estar a passar por grandes dificuldades às quais nem os apoios governamentais (subsídios calculados em função da faturação do ano fiscal anterior ao início da pandemia), consegue valer. O movimento “A Pão e Água” exige a abertura imediata do pequeno comércio de rua, a permissão imediata de venda de bebidas em regime take way, a atribuição de lay-off simplificado a 100% e a atribuição de linhas de crédito sem juros entre outros apoios.

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