O Rotary Clube de Vizela, presidido por Carlos Martins, espera o apoio da comunidade vizelense para poder chegar bens essenciais a quem está a passar o flagelo da guerra, sobretudo crianças.
Os dois distritos rotários portugueses uniram-se, para iniciarem uma ação de recolha de ajudas, com o intuito de dar
resposta à situação dramática em Pemba, Moçambique.
A violência armada em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, está a provocar uma enorme crise humanitária. Cerca de 560 mil refugiados encontram-se, presentemente, em Pemba, capital de província, com falta de alimentos, sem meios de subsistência e sem abrigo.
Conforme relata Myrta Kaulard, coordenadora das Nações Unidas, a “situação dos deslocados e das comunidades acolhedoras é extremamente crítica. Estamos muito preocupados, há numerosas crianças com clara evidência de subnutrição, há falta de abrigo e água tratada”.
Para acudir às necessidades, os distritos 1960 e 1970, que representam os rotários portugueses, iniciaram uma ação de apoio, com apelo a contributos, que permitem o envio de um contentor, pelo menos, para as vítimas deste flagelo. Aos cerca de 160 clubes de Rotary em Portugal, é pedida uma concertação de ações, para recolha e envio dos bens essenciais.
No menor espaço de tempo possível, o movimento rotário quer angariar soluções, que impeçam o aumento das carências, provocadas pelo terrorismo, em Cabo Delgado, a pandemia Covid, os danos provocados por tempestades e evitar a instalação de situações de cólera, resultante da destruição das linhas de recolha de água.
A cada clube rotário é pedida uma ação urgente, para que os bens angariados sejam enviados, para Pemba; no menor espaço de tempo. Em Vizela, o Rotary Club conta com a parceria da Paróquia de São Miguel, na organização de esforços, para se conseguir a maior adesão possível da comunidade, a favor dos refugiados em Moçambique.
A ação conjunta pede que os bens sejam entregues no Centro Pastoral de São Miguel, Vizela, para triagem e embalamento, nas condições exigidas para o transporte marítimo. A recolha incide em vestuário para crianças e adultos, máscaras, sabonetes, escovas e pasta dentífrica, purificadores de água, pastilhas desinfetantes, sabão em barra, sabão em pó, derivados de peixe, farinha de milho ou mandioca, arroz, sal, óleo, açúcar, chá, esteiras, mantas e repelentes.
Desta forma, os rotários de Vizela, em tarefa conjunta com os distritos rotários portugueses e a paróquia de São Miguel, em coordenação com a Diocese de Braga, querem ser parte ativa na busca de meios que minimizem a situação dos refugiados. Para tal, contam com a habitual generosidade da comunidade.