Rui Dias falou sobre sustentabilidade nos Rotários

 

Em mais uma reunião digital, falou-se de sustentabilidade, na reunião da passada quarta, no Rotary Club de Vizela clube presidido por Carlos Martins.

O convidado Rui Dias apresentou algumas propostas de sustentabilidade, para a melhoria dos edifícios, dotando-os de melhores soluções, ao nível de isolamento, com aplicação de materiais de construção de última geração, mas também de equipamentos adicionais, criadores de condições da habitabilidade evoluídas.


O engenheiro civil vizelense começou por dar uma noção de valores de consumo de energia, a nível doméstico. "Números que estão consolidados, mas que representam uma percentagem significativa, à volta de 29%, da totalidade da energia consumida em Portugal". 

Para o palestrante, há condições de melhorar esta percentagem, pois há muitos edifícios que podem ser intervencionados, com melhoria da sua eficiência energética e hídrica, uso de energias renováveis e gestão dos resíduos sólidos.


O orador deu o exemplo do que aconteceu no início deste ano, com temperaturas muito baixas, para realçar que se houvesse condições económicas ideais, em que todas as famílias pudessem ter as suas casas às temperaturas de comodidade, o consumo energético seria de tal ordem, que não seria possível fornecer energia doméstica a todas as habitações.

Por isso, na sua opinião, o caminho de busca para se atingir a comodidade desejada, deve ter em conta programas de apoio à modernização dos edificados e de novas soluções, que fazem parte do designado Fundo Ambiental, para que os agregados familiares recorram a fundos perdidos e financiamentos em condições vantajosas, para dotarem os edifícios de meios, que acompanhem o que é praticado noutros países, possibilitando habitações de melhor qualidade, com redução de despesas.

Após uma abordagem aos programas iniciais, que criaram a base daqueles que ia apresentar, Rui Dias falou sobre as vantagens do Programa “Edifícios Mais Sustentáveis”, que foi um sucesso absoluto, o que levou a que o valor que lhe era destinado, se esgotasse. Para este ano, o montante foi reforçado para €.2.750.000,00 e espera-se que o mesmo esteja disponível a partir de março. 

A adesão é muito simples e através da página da www.fundoambiental.pt, onde estão identificados os documentos e passos a dar, para obter a comparticipação de despesas aceites. Como é o caso da substituição de janelas, instalação de bombas de calor e aplicação de painéis fotovoltaicos, entre outras. O valor máximo de comparticipação é de €.15.000,00, com sublimites pela tipologia de despesa, mas com comparticipações de 70% do valor gasto, que é reembolsado, mediante a apresentação dos documentos identificados na página acima referida.

Em complemento, Rui Dias identificou a Programa “Casa Eficiente 2020”, iniciado em 2018 e com um prazo inicial previsto de 4 anos, destinado à concessão de empréstimos através da Caixa Geral de Depósitos, Banco Millennium BCP e Novo Banco, com apoio do Estado Português e do Banco Europeu de Investimento, permitindo condições vantajosas, sem limites de valor, a acordar entre as partes, dentro do limite de €.200.000.000,00, que está destinado ao programa. Os processos devem ser entregues junto das entidades bancárias identificadas, acompanhados dos documentos necessários, que estão definidos no “portalcasamais.pt”.

Este programa é destinado a proprietários, pessoas singulares ou coletivas, arrendatários, condóminos e condomínios. Pretende-se melhorar a eficiência energética e hídrica do parque habitacional, promover a utilização de energias renováveis, otimizar a gestão dos resíduos sólidos, aumentar a qualidade do edificado e a sua habitabilidade e estimular comportamentos ambientalmente responsáveis.

Desta forma, concluiu Rui Dias, está a ser potenciada uma solução para os agregados familiares, mas também dinamizar a construção civil, promovendo a fileira de edificação de qualidade e permitindo a criação de emprego.

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