O coordenador do Plano Nacional de Vacinação estima que as vacinas contra a covid-19 começarão a ser administradas no início de janeiro, um ou dois dias após chegarem a Portugal. Falando no programa "Grande Entrevista" da RTP e nesta informação que o Jornal de Notícias difunde, Francisco Ramos mostrou convicto de que em 29 de dezembro a União Europeia dará parecer positivo para a distribuição de vacinas aos países-membros, admitindo que a "grande dúvida é a quantidade" de vacinas que irão chegar a Portugal, havendo a previsão do acesso nacional a 1,5 milhões de vacinas da farmacêutica Pfizer no primeiro trimestre de 2021. Segundo explicou, está previsto que chegará um lote em janeiro e outro lote em fevereiro (todas das Pzifer), estimando-se que só em meados de janeiro deverá ser tomada uma decisão das autoridades de saúde sobre a avaliação final e aceitação da vacina da Moderna.
Se tudo correr bem, Francisco Ramos admitiu que ainda em janeiro será também possível ter acesso a vacinas dessas empresas farmacêuticas, alertando contudo que existe alguma "incerteza" citando que, por exemplo, ainda não há data para apreciação da vacina da AstraZeneca, embora exista "esperança" que haja uma decisão em janeiro ou fevereiro.
"É o melhor cenário, mas há ainda incerteza, nomeadamente quanto à quantidade" de vacinas disponíveis", disse, reiterando ter confiança que em fevereiro se espera ter a vacina da Oxford/AstraZeneca.
Perante a ansiedade ligada à chegada das vacinas, Francisco Ramos ressalvou que é importante primeiro obter "garantias de segurança" em todas as vacinas e reiterou que "ainda não se sabe quais as quantidades (de vacina) vão chegar nos primeiros lotes", apontando como prioridades prevenir a mortalidade, nomeadamente de idosos em lares, profissionais de saúde e de risco e a quem sofrer de "doença severa", associada a patologias como doença renal crónica.
O coordenador para o Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 mencionou que 50% das mortes atingem pessoas "acima dos 50 anos" de idade, fundamentalmente quem tem patologias associadas.
Segundo Francisco Ramos, se tudo correr como planeado, 950 mil pessoas serão vacinadas nesta primeira prioridade até fevereiro e indicou que os idosos dos lares "não serão vacinados no mesmo dia", ou seja em simultâneo, mas à medida que as vacinas sejam distribuídas aos lares e aos hospitais, onde haverá marcação para as pessoas em risco "com local, data e hora".
Nas grandes cidades será possível encontrar outros espaços para a vacinação
Serão também os Centros de Saúde a convocar a vacinação das pessoas com declaração médica a atestar condição clínica que permita a vacinação na primeira fase do plano.
IN JN
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