Empresa do vizelense MODESTO ARAÚJO (foto), investe 42,5 milhões de euros em Guimarães Vizelpas, com fábrica em Santo Tirso e sede em Vizela), prevê criar 160 postos de trabalho até 2027.
A empresa Vizelpas, vai investir 42,5 milhões de euros numa unidade industrial em Guimarães. O projeto viu aprovada a certidão de interesse público municipal por parte da Câmara de Guimarães que lhe permite construir uma unidade onde prevê criar 160 postos de trabalho até 2027. Segundo a proposta aprovada na reunião de Câmara de Guimarães, a empresa vai ficar sediada na freguesia de Gandarela, num terreno com cerca de 50 hectares junto à igreja local. Será uma indústria reservada à produção de embalagens ambientalmente sustentáveis para a indústria alimentar e médico-farmacêutica, prevendo-se a criação de uma unidade de reciclagem para poder processar todos os resíduos da fábrica e de terceiros.
A capacidade do espaço é de 264 trabalhadores, sendo que só a primeira fase prevê a contratação de 160 pessoas, 20 das quais com formação académica superior. O presidente da Câmara, Domingos Bragança, realça que o projeto traduz “a grande atratividade do concelho de Guimarães”, impulsionada pela requalificação da via intermunicipal e situada “numa zona industrial de saber fazer como é esta zona Sul do concelho”. O autarca reforça que o projeto “é de grandes dimensões”, porém estão acauteladas as “preocupações ecológicas na construção”, numa procura “incessante da economia circular e do aproveitamento”.
ELOGIOS DA OPOSIÇÃO
A nova fábrica da Vizelpas será um dos maiores investimentos dos últimos anos no concelho vimaranense e merece até elogios da Oposição. António Monteiro de Castro, vereador do CDS, considera que este “é um bom investimento para Guimarães”.
Durante a reunião de Câmara, o vereador centrista disse que a Câmara “deveria exigir que a sede social desta empresa passasse para Guimarães”. Na resposta, Domingos Bragança assinalou que o dono da Vizelpas “já está convencido em transferir a sede social”. A Vizelpas está sediada em Vizela e tem empresa em Vilarinho (perto da Ponte da Fundição), Santo Tirso, e tem como objeto social o fabrico e comércio, por grosso e a retalho, de artigos plásticos e de papelaria.
Cerca de 50% do volume de negócios de 2019 orientou-se para os mercados da União Europeia, com destaque para Espanha, França, Alemanha e Reino Unido. No ano passado, o volume de negócios da empresa foi de 33 milhões de euros, prevendo-se que atinja os 120 milhões de euros em 2027.
TEXTO DO JORNALISTA DELFIM MACHADO
PUBLICADO HOJE NO JN