Comandante Paulo Félix |
Um padeiro que andava na distribuição do pão deu o alerta para o quartel de incêndio às 5h04. A esta hora já o sinistro tinha proporções significativas devido aos materiais inflamáveis como madeiras envelhecidas e ainda detritos e mobiliário do antigo Externato.
A rua principal de Vizela e a rotunda do Castelo registam muito tráfego automóvel, mesmo de madrugada, mas ninguém terá visto o foco de incêndio a começar o que veio dificultar o trabalho dos bombeiros.
Há muito que o simbolismo do Castelo está apenas alicerçado nas suas pedras bem escalonadas, sobretudo na sua torre e ameias e na grande fachada virada para o rio e Parque das Termas. Sobre o seu interior, o que ardeu, seria tudo para remover caso de em tempos lhe fosse dado o destino de Casa da Cultura e no futuro o de um Hotel 4 estrelas como é vontade de Câmara Municipal. As janelas, das quais caiam pedaços de madeira e alguns vidros na via pública, também arderam tal como o telhado.
O comandante Paulo Félix diz que há enormes vigas em ferro cruzadas a firmar as paredes o que pode ser uma garantir enquanto de toma uma posição de fundo sobre o secular edifício...ou o que resta dele.
NÃO É NECESSÁRIO TOCAR A SIRENE
Muitos vizelenses interrogaram-se porque não tocou a sirene para um incêndio destas proporções dentro da cidade (há casas a cerca de 30 metro do prédio onde o fogo não chegou porquanto há uma área verde de entremeio).
Paulo Félix diz que hoje em dia dificilmente a sirene soará para chamar os bombeiros. «Hoje há um sistema (via telemóvel) pelo qual os bombeiros são chamados. Temos uma primeira equipa de prevenção no quartel e, depois, se for necessário chamamos mais bombeiros. Eles dormem com o telemóvel ligado ao seu lado e caso estejam em condições de de participar no sinistro só têm de carregar na tecla 1. Se não puderem carregam na 2. Hoje com os meios de que dispomos não há necessidade de acordar toda a população quando o objetivo é chamar apenas os bombeiros».
A combater as chamas estiveram 31 operacionais «se fosse preciso mais bombeiros eles estariam lá» - disse Paulo Félix.
Escusado será dizer que este sistema também permite aos bombeiros combater as chamas sem populares por perto a criar obstáculos à sua ação.