Com efeito, a falta de alojamento estudantil é hoje um dos maiores entraves à entrada e à frequência do Ensino Superior. Mais de 80% dos alunos do Ensino Superior que estão deslocados não têm lugar numa residência estudantil.
O plano de intervenção para a requalificação e construção de residências de estudantes aprovado pelo Decreto-Lei n.º 30/2019, de 26 de fevereiro, pretendia dar resposta a este grave problema.
Recorde-se que, a propósito do anúncio do referido plano, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, comprometeu-se com a construção de cerca de 12 mil novas camas a partir do ano letivo 2019/2020, sendo que metade desta oferta estaria disponível nas zonas de Lisboa e Porto.
Estando a terminar o ano letivo 2019/2020, é tempo de questionar o Governo:
Onde é que estão as 12 mil novas camas?
Quantas novas camas estarão disponíveis a partir do próximo ano letivo?
Para a Presidente da JSD, Margarida Balseiro Lopes, “o objetivo ambicioso prometido pelo Governo está longe de ter sido alcançado. Mas importa quantificar o número de novas camas que estarão disponíveis a partir do próximo ano. Porque o Governo ainda vai a tempo de aumentar esse número através da contratualização com autarquias ou entidades do terceiro setor. O que não podemos permitir é que nada seja feito e que continuem a faltar milhares de camas. Com isso estamos a dificultar o acesso de milhares de estudantes ao Ensino Superior.”
Juventude Social Democrata