o treinador, que já foi serralheiro mecânico, conta algumas peripécias da sua carreira.
O adjunto ficou para trás e a ll Liga é apenas o começo
O braço direito de vários anos de Miguel Leal cumpriu, nesta época, o terceiro ano enquanto técnico principal e tem meta bem traçada. Primeiro a estabilidade e depois pensar em algo mais
ALVARO PACHECO ”Aos 17 anos era serralheiro mecânico com meu pai. Fui treinar para os seniores do Felgueiras e passei a profissional. Não tenho receio em dizer que queremos chegar à I Liga passo a passo. Plantel? Faremos mudanças cirúrgicas. Tinha prometido tirar a barba se subíssemos e cumpri. Quando acreditei [que tinhamos subido], comecei a gritar e abracei-me à família”.
Há quatro anos, quando Vizela subiu para a II Liga após oito épocas de ausência, Alvaro Pacheco, hoje treinador dos Minhotos, era adjunto de Miguel Leal no Moreirense. Nessa temporada, como Ricardo Soares guiou a caminhada triunfal vizelense. Quatro anos depois, a cidade da Lixa voltou a cruzar-se com o sucesso de Vizela. Alvaro, natural de Lixa, é vizinho de Ricardo Soares, a quem sucedeu no comando técnico lixense em 2011/12. “Nunca pensei nisso. É uma feliz coincidência, conta.
Antes Alvaro, treinador, houve Pacheco, avançado, que chegou a ser serralheiro. "Aos 17 anos era serralheiro mecânico com meu pai. Fui treinar com os seniores do Felgueiras e a partir daí passei a profissional. Nunca ganhei muito dinheiro, mas também nunca vivi acima das possibilidades, recorda.
Vizela prolonga o contrato de Alvaro Pacheco por duas épocas
A transição para o banco começou a ser feita aos 34 anos e ainda antes da final da carreira. "Comecei nos Infantis do Paredes em 2005. Foi também no Paredes que conheci o Miguel Leal, que era o adjunto do Rui Quinta", narra. O futebol enquanto jogador terminava em 2007/08 e foi depois de tal experiência no Paredes que passou, depois, para braço direito de Miguel Leal, no Penaflel, onde sobe à I Liga (2013/14) e integra as equipas técnicas de Leal até 2017/18.
Em 2018, segue com Filipe Ribeiro para Lietava Jonava (Lituánia) e só na temporada passada voltou a assumir um projeto a solo, que até não poderia ter surgido, caso o Famalicão não se tivesse tornado numa SAD. "Sentia-me feliz e [ser treinador principal] era algo que não fazia questão. Fui convidado para ser adjunto do Vasco Seabra no Famalicão. Entretanto, o clube foi comprado e rescindiram com o Vasco. Fiquei sem nada e surgiu o Fafe.
Barba veio do Leste mas caiu com a subida
Alvaro Pacheco seguiu com Filipe Ribeiro para Lietava Jonava (Lituénia) em 2018 e pediu ao treinador para terminar o primeiro apronto ao cabo de 20 minutos. "Trabalhávamos com 12 e 14 graus negativos. No primeiro treino já não sentia os pés", confidencia. Foi na Europa de Leste que deixou crescer uma barba (branca) e que foi abaixo com a subida. “Tinha prometido e cumpri”. Pedro Albergaria, diretor esportivo da Vizela, já tinha contado a O JOGO que o treinador não acreditou que tinha subido, quando recebeua notícia. "Quando lá me convenci, comecei a gritar e abracei-me à mulher e fllhos".