Apesar de esta não ser a altura ideal para respostas políticas, a verdade é que, conforme afirma o provérbio popular, “quem não sente, não é filho de boa gente”.
Na realidade, o Partido Socialista de Vizela, mesmo numa altura em que deveríamos estar todos juntos em prol de uma causa comum, numa das alturas mais difíceis da história recente do nosso País – não sendo disso Vizela exceção, até porque, pelo contrário, tem mais infetados do que a média nacional e está inserido numa das regiões mais problemáticas do País – não para de criticar a ação deste Executivo Municipal.
Uma análise dos factos torna esta atitude, ainda, mais caricata e desprezível. As críticas apresentadas pelo Partido Socialista de Vizela não têm qualquer tipo de sustentabilidade, provando, assim, que se trata meramente de uma crítica pela crítica, servindo, única e exclusivamente, para tentar recolher desesperadamente dividendos políticos, ou, então, para dar nota que aquela estrutura partidária, ainda, está “viva”.
Desta feita, a última crítica dirigida ao Executivo Municipal visou o figurino das comemorações da Revolução dos Cravos. O Partido Socialista de Vizela discordou do programa que o Executivo estabeleceu face à pandemia COVID-19, afirmando que deveriam ter sido colocados no Facebook os discursos de todos os líderes das bancadas parlamentares da Assembleia Municipal de Vizela.
Contudo, de forma a confundir os Vizelenses, o Partido Socialista de Vizela sonegou informações.
Desde logo, cumpre esclarecer que, na verdade, o Presidente da Câmara usou da palavra para se dirigir aos Vizelenses, conforme o tem vindo a fazer ao longo das últimas semanas e em vários momentos distintos, tal como fez, por exemplo, no dia 19 de Março, dia do nosso Concelho, sem que o Partido Socialista de Vizela tenha dito algo a esse respeito.
O Partido Socialista de Vizela tenta, ainda, passar a imagem de excluído. No entanto, na verdade, é que, se assim fosse, todos os partidos tinham sido excluídos, inclusive o representante máximo desse órgão, o Sr. Presidente da Assembleia Municipal, atendendo que nenhum deles usou da palavra.
O Partido Socialista de Vizela tenta, também, fazer crer que, neste 25 de Abril, não teve oportunidade para se dirigir aos Vizelenses. Na realidade, a Radio Vizela, órgão de enorme difusão, criou todas as condições para que todos os partidos pudessem usar da palavra e dirigir-se aos Vizelenses no dia 25 de Abril.
A título conclusivo, importa acrescentar que o Partido Socialista de Vizela não só critica o figurino das comemorações, mas critica, também, o facto do Presidente da Câmara não ter ouvido a oposição sobre o modo como estas se deveriam realizar, o que é profundamente contraditório. O Partido Socialista de Vizela quer ser ouvido sobre o programa das comemorações do 25 de Abril, mas, quando foi convidado pelo Executivo Municipal para se pronunciar sobre os Planos de Atividades e Orçamento, ao longo dos últimos anos, não apareceu, o que foi profundamente lamentável, atendendo que este é um documento fundamental para a gestão autárquica, o mais importante para a definição das linhas de desenvolvimento estratégico do Município para cada ano.
Cumpre, ainda, esclarecer que não cabe a este Executivo Municipal apresentar provas de atitudes ditatoriais do passado, do anterior executivo municipal, onde se inseria a atual líder do Partido Socialista de Vizela. Cabe, apenas, a este Executivo afirmar que, até a presente data, foi o Executivo que mais demonstrou abertura à oposição, desde logo, na sua génese, porque a base da constituição deste Executivo assenta em várias forças políticas.
Assim sendo, e usando as palavras do Partido Socialista de Vizela, que se afirma como baluarte da Democracia e acusa o atual Presidente da Câmara Municipal de Vizela de ser ditador, o que aquele Partido deveria explicar aos Vizelenses era:
1. O Executivo Municipal, desde que iniciou funções, tem convidado para todos os eventos, todas as iniciativas, todas as inaugurações o Partido Socialista de Vizela. Assim sendo, porque é que este nunca aparece ou se faz representar, ou, então, só aparece nas sessões onde usa da palavra?
2. Ao longo dos dois últimos anos, não é apenas a Câmara Municipal de Vizela que tem endereçado convites ao Partido Socialista de Vizela, são, também, as instituições e associações do Concelho. Assim sendo, porque é que o Partido Socialista de Vizela não aparece ou se faz representar nas várias iniciativas desenvolvidas pelas Associações e Instituições do Concelho?
3. Desde o início deste mandato, o Executivo Municipal tem organizado um conjunto significativo – quase mensalmente – de sessões públicas e de esclarecimento, apresentações de programas setoriais e projetos de enorme relevância para o concelho de Vizela. Assim sendo, porque é que o Partido Socialista de Vizela sendo sempre convidado nunca aparece?
4. Atendendo que nos aproximamos a passos largos para as próximas eleições autárquicas, será que, a partir de agora, o Partido Socialista de Vizela vai passar a aparecer nas festas que sempre esteve contra, nas inaugurações das obras que não concordou e nas sessões que sempre criticou?
Assim sendo, num futuro próximo até pode ser diferente. Contudo, a caminho de três anos de mandato, os factos são incontornáveis, vivemos numa democracia representativa, que o Partido Socialista de Vizela tanto apregoa, mas a verdade é que, desde as últimas eleições autárquicas, o Partido Socialista de Vizela demitiu-se das suas funções de representação no Concelho de Vizela e nunca aparece, ao não ser para criticar o que se encontra a ser desenvolvido por este executivo municipal.
Câmara Municipal de Vizela
28 de abril de 2020