Novo livro de Pedro Marques foi apresentado

Na Rota dos Moinhos, é a mais recente obra literária de José Pedro Marques.

A sua apresentação decorreu no sábado no Auditório Costa Vieira, na sede da Sociedade Filarmónica Vizelense, sob a condução de Conceição Lima que começou por dizer estarmos diante de uma grande obra.

O autor, através de 600 páginas ilustradas com fotos, conta as passagens que o levaram ao encontro dos gigantes agora inertes, adormecidos para a eternidade nas margens de rios velozes como o Vizela com caudais fortes capazes de fazerem girar pesadas rodas de madeira e azenhas que por sua vez moviam as mós, e outros moinhos dos quais só a memória resta após terem sido demolidos à força das circunstâncias do progresso.

 Felizmente, como alguém disse na apresentação, as páginas deste livro agora lançado ajudarão a imortalizar esses obreiros que moíam os grãos de onde caía fina farinha depois transportada em sacos aconchegados no dorso de animais, mormente burros de carga, que seguiam por carreiros rumo aos fornos que haveriam de cozer o pão.

A primeira intervenção pertenceu ao autor Pedro Marques que falou de si, do seu trabalho nas coletividades, nas paróquias, na comunicação social, na política, etc. para colocar uma simples questão: "Trabalhei ou não trabalhei para a Vizela".


A pergunta ficou sem resposta até porque alguns destinatários da mesma nem sequer se dignaram a estar presentes não obstante o autor ter trabalhado em prol das forças vivas que esses ausentes dirigem ou dirigiram.

E porque os moinhos em questão não eram os de vento que Cervantes entregou a D. Quixote de La Mancha para combater, a tarde encheu-se de beleza com os netos de Pedro Marques e Ester Marques lendo poemas e prosas do avô, da filha Paula Marques, não tendo faltado os indispensáveis declamadores Eduardo Roseira, Vítor Monteiro, António Caldas, Carlos Manuel Revez, e outros.
A Tuna da Universidade Sénior trouxe o conhecido tema: "Pela estrada plana, toc, toc, toc, guia o jumentinho uma velhinha errante..."

A obra de Pedro Marques, "é um testemunho válido para a história de Vizela para os vindouros, reconheceu o presidente da Câmara, Victor Hugo Salgado que completou a sua intervenção acrescentando o quanto Pedro Marques tem feito por Vizela lembrando entre outras ações o seu mandato de vereador na Comissão Instaladora do Município de Vizela, "quando era muito mais difícil gerir os destinos do novo Concelho".

Ladeado na mesa de honra por José Armando Branco, Presidente da Sociedade Filarmónica Vizelense, Susana Campante, Conceição Lima e Victor Hugo Salgado, Pedro Marques agradeceu a presença de todos e a colaboração de diversas pessoas, algumas vindas de longe, que indiretamente contribuíram para a feitura desta obra que marca com saber de causa parte da história de Vizela (mas não só) e sobretudo a importância dos moinhos no mesmo cenário idílico das margens ribeirinha que o autor tão bem conhece e gosta de calcorrear na eterna pesquisa de assegurar o futuro cultural deste meio.









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