O seu sentimento altruísta por Vizela nunca se desvaneceu, escrevendo desde sempre na imprensa local e até ao fim dos seus dias, tendo sido disso prova o livro que a Fundação Jorge Antunes lançou há cerca de um mês com as crónicas deste bom vizelense.
Durante quatro décadas, Domingos Pedrosa acompanhou Manuel Campelos e o MRCV a Lisboa e outras localidades onde estivessem políticos que pudessem ajudar à causa vizelense: «Pagávamos todas as despesas do nosso bolso, sofremos muitas desilusões mas no fim vencemos» - disse há dias numa entrevista para um filme que está a ser realizado sobre Manuel Campelos por iniciativa do seu filho Rui Campelos.
Através de escritos, como salientou o seu melhor amigo Armando Antunes no lançamento do livro, procurou transmitir às novas gerações ideias da Vizela Antiga, dos seus costumes, das suas canseiras e lutas.
Homem culto dispunha duma biblioteca com mais de sete mil livros, foi dos primeiros jogadores de xadrez de Vizela, sabia editar palavras cruzadas e profissionalmente foi dos mais apuradores desenhadores de Vizela contribuindo imenso para o grande sucesso que as Sedas Vizela, onde trabalhou durante muitos anos, atingiu.
Domingos Pedrosa assumiu a presidência da Junta de S. João num dos períodos mais delicados da vida portuguesa, logo após a revolução dos cravos.
Mais tarde exerceu outros cargos, tais como o de presidente da Assembleia de Freguesia.
Aquando a apresentação do seu livro, o Presidente da Câmara de Vizela, Victor Hugo Salgado, anunciou que Domingos Pedrosa é merecedor de uma rua com o seu nome.
O funeral de Domingos Pedrosa terá lugar 2ª-feira, dia 16, às 11.30 horas da Capela Mortuária de S. João das Caldas de Vizela, (onde se encontra em câmara-ardente) para a igreja onde será celebrada missa de corpo presente, indo de seguida a sepultar no cemitério da mesma freguesia.
Para a D. Maria das Dores Dias de Oliveira e seus filhos Maria Florbela, José Joaquim, Jorge Alexandre e de Vítor Daniel Oliveira Pedrosa e restante família, o Digital de Vizela apresenta sentidas condolências na despedida de um grande vizelense que nunca esmoreceu de lutar pela sua terra. Paz à sua alma.