decorrem, para aferir se foi boa ou má solução a alteração feita a 9 de setembro de 2009. É que nunca houve consenso se bem que alguns que defendiam um sentido apenas vieram dizer depois que eram melhor os dois enquanto os que defendiam o contrário vieram depois dizer que afinal assim é que estava bem.
Lá diz o provérbio: "Casa onde não há pão (neste caso vias de acesso alternativas), toda a gente ralha e ninguém tem razão".
Em 2009, a Câmara presidida por Dinis Costa aprovou a transformação da Rua Dr. Abílio Torres numa via com um sentido único de trânsito (Norte-Sul), entre a rotunda da Farmácia de S. Miguel (hoje rotunda Povo de Vizela) e a rotunda do Castelo. A aposta no sentido Norte-Sul resultou do facto de se verificar um maior fluxo de trânsito nesse sentido.
O objetivo da Câmara passava por descongestionar uma rua mais do que centenário do enorme bulício rodoviário onde se misturam veículos de grande porte como camiões de carga e dar mais oportunidades ao comércio local com a criação de aparcamentos. Não seria esta medida a evitar que a rua Dr. Abílio Torres fosse perdendo o seu comércio tradicional com várias lojas a fechar.
Por outro lado surgiram queixas (nunca feitas em sede própria) da deslocação das paragens para passageiros dos transportes públicos. Muitos com necessidade de apanharem os autocarros da cidade para cima, Santa Eulália, Lustosa, Santo Adrião, etc, por exemplo, temeram a solidão (e escuridão) e distanciamento da paragem da rua Pereira Reis e deixaram pura e simplesmente de virem à feira a Vizela.
Entretanto vozes surgiram dando conta que o melhor sentido da rua teria sido o inverso, ou seja sul-norte.
A tranquilidade que a rua central de Vizela (muito menos trânsito e poluição), os estacionamentos disponíveis que a rua ganhou, foram reconhecidos e elogiados por outros.
Mas entrar em Vizela, chegar das Teixugueiras, ou de Moreira de Cónegos, à rotunda dos Bombeiros tornou-se uma odisseia em horas de ponta com filas enormes de um lado ou de outro com os automobilistas a bramir porque carga de água não podia a rua principal dispor de dois sentidos de trânsito libertando-os do pára-arranca.
É neste cenário que a rua principal de Vizela, passados dez anos da grande alteração, vai voltar a ter dois sentidos de trânsito.
São as obras que o impõe, mas a Câmara aproveitará o tempo de dois sentidos para aferir se é melhor a rua em um sentido, em dois...ou nenhum.
Talvez a Autarquia fique com uma ideia mas nunca ficará com o consenso de todos (gregos e troianos) como deverá saber.