Roberto Leal foi homenageado pela Comissão de Festas de Vizela 1998

Um pouco por todo o lado, nomeadamente em Portugal e Brasil, a notícia do falecimento de Roberto Leal marca a atualidade. O cantor realizou um dos melhores espetáculos de sempre das Festas da Vila de Vizela (para muito foi mesmo o melhor) em 1977 (?) no Parque das Termas. Na ocasião, Roberto Leal rodava o filme Milagre de Santo Ambrósio, tendo sido recolhidas imagens d seu espetáculo em Vizela onde se fez acompanhar por alguns atores do filme.
Os vizelenses unca viram uma cantar dançar, saltar tanto em palco, com Roberto Leal a entoar temas que ficarama tão conhecidos como «Eu Vou eu Vou Lá Prá Terra da Maria», "Carimbó Português", Malhão, etc.

Na década de 70 Roberto Leal atuou no Parque das Termas
TRÊS ATUAÇÕES EM VIZELA
Em 1998 (ano da criação do concelho), o artista voltou a Vizela, e a Comissão de Festas liderada por José Armando Branco prestou-lhe uma singela homenagem. Foi-lhe entregue pela Rainha das Festas de Vizela 1998, Sandrina Pedrosa, uma salva em prata (sujo estojo de vê na mão do artista) e Manuel Marques fez ma ligeira entrevista ao cantor com Roberto lela a dizer que jamais tinha esquecido Vizela desde a sua primeira passagem (foto).
Hoje, José Armando Branco continua a reconhecer que a aposta em Roberto Leal foi «uma aposta ganha pois era um grande embaixador de um tipo de música conectada com o folclore português».
O artista voltaria a cantar depois disso numa festa de aniversário do Concelho de Vizela no mandato de Francisco Ferreira. A atuação foi no Espaço Multiusos todavia a chuva forte que caiu ininterruptamente condicionou o espetáculo o que levou o cantor a dizer que era ma pena o mau tempo e que se pudesse voltaria a izela para fazer um novo espetáculo».

CANÇÃO PARA ROBERTO
Ontem, no decorrer do almoço de aniversário da Associação Família Peixoto, o cantor Rui Vieira cantou uma tema de Roberto Leal em homenagem póstuma ao cantor.



MORTE ANUNCIADA

António Joaquim Fernandes chegou ao Brasil em 1962, a bordo do cargueiro argentino Corrientes, juntamente com os pais e os dez irmãos, todos fugidos à miséria que, na aldeia transmontana de Vale da Porca como no resto do Portugal profundo, condenava famílias inteiras à emigração. Nove anos depois, profundamente transformado pela experiência da vida numa cidade a caminho de se tornar metrópole, o mesmo rapaz que entretanto fora feirante, vendedor de doces e sapateiro, fazia a sua primeira aparição no famoso Programa do Chacrinha. Levava “roupas espalhafatosas e o cabelo pelo ombro”, e já não se chamava António Joaquim Fernandes — tinha nascido um fenómeno luso-brasileiro, o cantor Roberto Leal.

“Português brasileiro, brasuca lusitano”, como o próprio se definiu, figura pública de um lado e do outro do Atlântico, referência para milhares de emigrantes que, como ele, saíram de Portugal para se espalharem pelo mundo (e que ano após ano cá o reencontravam nas romarias de Verão), Roberto Leal morreu esta madrugada em São Paulo, no Brasil, aos 67 anos. Há três anos que lutava contra um melanoma, uma forma agressiva de cancro de pele, e estava internado desde terça-feira no Hospital Samaritano na sequência de complicações no fígado e nos rins. O seu funeral, aberto ao público, sairá esta segunda-feira da Casa de Portugal em São Paulo, onde o corpo será velado das 7h às 14h (hora local), para o Cemitério de Congonhas, na Zona Sul da cidade.

Desde terça-feira, o cantor estava internado no Hospital Samaritano, em São Paulo, na sequência de uma reacção alérgica a um medicamento, explica O Globo, citando a assessoria de imprensa do cantor, que detalhou ainda que nos últimos dias o estado de Roberto Leal se complicara devido a problemas hepáticos e renais, consequência do cancro de pele que assumira em Janeiro, no programa Domingo Show, da TV Record, ter-lhe sido diagnosticado dois anos antes.

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