Câmara Municipal de Vizela responde ao PS

"PS VIZELA EM DESNORTE – VEREADORA DORA GASPAR SEM ARGUMENTOS. No seguimento da conferência de imprensa realizada pelo Partido Socialista de Vizela, e atento o teor das declarações proferidas pela Presidente da Concelhia, a vereadora Dora Gaspar, a Câmara Municipal de Vizela entende que devem ser prestados os devidos esclarecimentos para que não se verifiquem tentativas desesperadas de branqueamento da verdade.


Desde logo, o Partido Socialista de Vizela, através dos seus representantes, tenta exasperadamente descredibilizar a auditoria realizada, alegando que se trata de um mero relatório, numa tentativa de diminuição das responsabilidades dos seus representantes. Contudo, e não obstante o documento em apreço tratar-se de um relatório, é, isso sim, um relatório final que traduz todas as conclusões da auditoria realizada pela Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A. ("EY Portugal") à Câmara Municipal de Vizela, e cujos termos foram aprovados no órgão competente com o voto favorável da vereadora Dora Gaspar. Por outro lado, e apesar da tentativa caricata, tentar descredibilizar uma auditoria realizada pela Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A. é tentar descredibilizar uma auditoria realizada por uma das maiores empresas de auditoria do Mundo, que se encontra presente em mais de 150 Países, e que, no último ano, foi responsável, em Portugal, nomeadamente, pela auditoria às contas da Caixa Geral de Depósitos, Corticeira Amorim, SGPS, EPAL, Jerónimo Martins, José de Mello Saúde, Luz Saúde, Multicare - Seguros de Saúde, NOS, SGPS, S.A., Victória - Seguros de Vida, etc.

Acresce, ainda, que é de estranhar que, de todas as conclusões apresentadas no relatório final da auditoria, e que apontam responsabilidades ao anterior Executivo, o Partido Socialista de Vizela, através da vereadora Dora Gaspar, só tenha contestado expressamente questões que estão relacionadas com a sua pessoa, como é o caso dos juros de mora, só se podendo compreender tal situação pelo facto da mesma ser objetivamente indicada no mesmo e, deste modo, pretende furtar-se às suas responsabilidades.

Relativamente ao facto do atual Presidente da Câmara ter estado integrado no anterior Executivo municipal, cumpre esclarecer que essa é uma questão incontornável, tal como foi este executivo presidido por Victor Hugo Salgado que pediu esta auditoria, o que indicia que não tem qualquer problema com os seus atos e com as conclusões apresentadas. Contudo, importa recordar que Victor Hugo Salgado assumiu funções em finais de 2010 e início de 2011, e que, no decorrer desse ano, apresentou, ao então Presidente da Câmara, Dinis Costa, um pedido de cortes na despesa da Autarquia. Importa, também, afirmar que, em 2012, quando assumiu funções na pasta financeira, solicitou, por três vezes, ao então Presidente da Câmara, Dinis Costa, a realização de auditorias às contas da Câmara Municipal, as quais nunca foram autorizadas.

Por outro lado, importa acrescentar, que a atual Presidente da Concelhia do Partido Socialista de Vizela, a vereadora Dora Gaspar, assumiu funções de enorme responsabilidade na Câmara Municipal de Vizela durante 13 dos 20 anos de existência da mesma. Pois bem, em 13 anos de funções na Câmara Municipal de Vizela, Dora Gaspar nunca questionou o Presidente da Câmara, nunca solicitou qualquer redução da dívida, nunca solicitou qualquer auditoria e, segundo é possível apurar pela evolução das contas do Município, esta, juntamente com Dinis Costa, é uma das principais responsáveis pela situação financeira negativa da Autarquia, ficando demonstrado que nunca teve qualquer preocupação pelo endividamento.

Por último, e quanto à ameaça da apresentação de queixa por crime de difamação, o que só demonstra uma atitude de desespero, entende-se que no Partido Socialista de Vizela deve estar instaurada alguma confusão e desnorte, na medida em que a ser apresentada qualquer queixa, a mesma deve ser contra a Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A., pois as afirmações proferidas pelo Presidente da Câmara foram retiradas do relatório apresentado por aquela empresa, sendo que, a eventual apresentação de qualquer queixa crime criará à vereadora Dora Gaspar dois problemas acrescidos, nomeadamente explicar junto do Ministério Público as ilegalidades que cometeu e explicar aos seus pares o não provimento da queixa.

Deste modo, inexplicavelmente, entende a Câmara Municipal de Vizela que, atentas as conclusões apresentadas no relatório da auditoria, o Partido Socialista de Vizela, e os seus representantes, está a tratar a presente situação com alguma ligeireza e imponderação, descurando a gravidade dos factos apontados pela entidade auditora.

De reiterar, por fim, que, conforme havia sido informado anteriormente, a Câmara Municipal de Vizela, após a realização da Assembleia Municipal deste mês, irá, de imediato, remeter para o Ministério Público o relatório final da auditoria realizada pela Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A. para as necessárias averiguações e apuramento de responsabilidades, demonstrando, assim, uma total confiança e serenidade do Presidente da Câmara e restante Executivo Municipal quanto às conclusões constantes do mesmo.



Câmara Municipal de Vizela
19 de setembro de 2018

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