A operação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, em inquérito titulado pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, está em curso e decorre no âmbito de um inquérito em que são investigados, entre outros, crimes de corrupção.
As buscas decorrem entre os distritos de Braga e Faro e também nas ilhas, sendo que, em Lisboa, visam, entre outros alvos, instalações da Distrital do PSD, da Concelhia do PS, bem como as juntas de freguesia do Areeiros, da Estrela e de Santo António.
Segundo as informações recolhidas pelo JN, apesar de também apontar para o PS, a investigação visa uma rede clientelar que envolve, maioritariamente, empresas e autarquias lideradas por militantes do PSD. Estão em causa os contratos adjudicados por duas a três dezenas de autarquias, entre câmaras municipais e juntas de freguesia, a várias empresas.
Além daqueles negócios, estão também na mira da investigação contratos de trabalho, nomeadamente de avença, celebrados entre as mesmas autarquias lideradas e militantes partidários.
Carlos Eduardo Reis, antigo líder da JSD de Braga e atual conselheiro nacional do PSD, e a empresa Ambigold, de que aquele e sócio-gerente, são um dos alvos principais do inquérito. A empresa de Carlos Reis, filho do ex-presidente da Câmara de Barcelos Fernando Reis, tem sido beneficiada por ajustes diretos de contratos relacionados, nomeadamente, com trabalhos de jardinagem e instalação e manutenção de relvados sintéticos, entre outros.
Outra das pessoas sob investigação é o deputado Sérgio Azevedo, que era vice-presidente da bancada parlamentar do PSD antes de Rui Rio conquistar a liderança do partido. Sérgio Azevedo é amigo de Carlos Reis.