· Mais
de metade dos projetos da Garcia Garcia, 57%, foram no setor
industrial. Ramo logístico é o que tem registado maior crescimento: de
15%, em 2015 passou a representar 37% dos projetos realizados no ano
seguinte.
· Ano ficou ainda marcado pela internacionalização, em Marrocos e na Mauritânia
A Garcia Garcia, construtora nacional especializada em design and build de edifícios industriais, logísticos, residenciais e comerciais, faturou em 2017 53 milhões de euros (M€), registando um crescimento de 21% face ao ano anterior. A empresa que, no ano passado, assinou projetos para empresas como Leica, ID Logistics, Nacex, bilstein group ou Groupe GM, acumula um crescimento de 116% desde 2016, ano em que o seu volume de negócios cresceu 95%.
2017
|
2016
|
2015
| |
VN
|
53.026.939,00 €
|
43.861.784,47 €
|
22.461.106,99 €
|
Variação VN
|
21%
|
95%
|
Quando
o mercado da construção se retraía e as associações representativas do
setor anunciavam o colapso, a Garcia Garcia manteve a aposta num nicho
em que o know-how acumulado de mais de cem anos seria uma mais-valia: design and build
de unidades industriais e logísticas. Em plena crise, entre 2010 e
2013, a Garcia, Garcia cresceu 100%. E com uma carteira de obras
exclusivamente em território nacional. Intervindo no processo desde a
seleção da localização, a construtora contribuiu, desde então, para a
fixação em Portugal de investimento estrangeiro, sobretudo, de empresas
do ramo automóvel que têm apostado fortemente no país.
Diversificação do negócio
Nos
últimos anos, a empresa tem investido na diversificação do seu negócio.
Reflexo desta estratégia, foi a aposta em projetos do tipo logístico e
residencial, com reforço do peso destes na carteira de negócio da
empresa.
Em 2015, 83% dos projetos que a Garcia Garcia construía eram para o setor industrial. Nesse ano, o design and build
de unidades logísticas representava um peso de apenas 15% no volume de
negócios. Em função do referido investimento na diversificação, em 2017,
verificou-se um reforço do peso de projetos logísticos (37%) e
residenciais (7%), enquanto que os projectos industriais representaram
56%.
Os
ramos automóvel e logístico têm contribuído significativamente para o
crescimento da empresa que, em 2016, foi distinguida pelos Prémios
Construir como a construtora do ano. As construções de unidades para a
BorgWarner, Eurocast (em Arcos de Valdevez e em Estarreja) e Eurostyle e
as ampliações das indústrias Uchiyama Manufacturing Corporation e Schmidt Light Metal Group são alguns exemplos de multinacionais do ramo automóvel que a Garcia Garcia ajudou a desenvolver em Portugal. Só este ano, em fase de construção, a Garcia Garcia tem já mais cinco projetos do ramo automóvel em curso.
Por
sua vez, no setor logístico, são muitas as multinacionais a investir ou
a reforçar o investimento em instalações. Nos últimos três anos, a
Garcia desenvolveu projetos para empresas como Grupo Garland (só para
esta empresa, a construtora construiu, remodelou e/ou ampliou quatro
unidades), Brunotir, Brasmar, ID Logistics, Nacex, bilstein group e
grupo ADI.
2017 assinala primeira internacionalização
O
primeiro ano em que ultrapassou a barreira dos 50 M€ de faturação,
ficou também marcado pela aposta na internacionalização. Apesar de já
ter realizado projectos em França, a construção de uma unidade
industrial em Kenitra, Marrocos, é o primeiro grande projeto industrial
da Garcia em solo estrangeiro.
“Estamos
a construir o edifício industrial da Steep Plastique, fornecedor da
indústria automóvel, em Viana do Castelo. Em função do trabalho aqui
desenvolvido, a empresa lançou-nos o desafio de replicarmos a parceria
em Marrocos, desenhando e construindo uma nova fábrica neste país”,
explica o administrador Miguel Garcia, que, adianta ainda que, fruto
deste investimento, a construtora abriu uma filial em Casablanca.
Ampliação de parque empresarial da Ermida
A
Garcia Garcia está a investir na ampliação do Parque Empresarial da
Ermida, em Santo Tirso, do qual é proprietária. A expansão irá duplicar a
área industrial do Parque, que passará dos atuais 22 para 50 hectares. A
construtora detém ainda o Parque Empresarial de Mide, em Guimarães.