Escola Joaquim Pinto vai fazer 130 anos

Dia 8 de Novembro um dos mais antigos estabelecimentos de ensino do País comemora 130 anos de atividade. A sua construção custou seis mil reis (equivalente a 30 euros).



A 5 de Novembro de 1888 ficou concluída a escola primária da rua Joaquim Pinto. O custo da obra foi estimado em seis contos de réis (30 euros), importância avultada para a época. O Poder Central participou com 2.950 réis e uma comissão com criatividade e dinamismo, conseguiu o restante, recorrendo a subscrições entre os hotéis e realizando um monumental bazar no Parque das Termas para o qual foram conseguidas 1200 prendas para sorteio e sendo algumas de grande valor. 

É das Escolas mais antigas do País e por ali já passaram milhares de alunos de S. João das Caldas.

QUE OFERECEU O TERRENO?
Joaquim Pinto

QUE CONDIÇÕES IMPÔS JOAQUIM PINTO?
Que a escola fosse frequentada por alunos de ambos os sexos pois no século XIX era frequente as raparigas serem discriminadas em matéria de educação.

REAÇÕES?
Os aquistas que frequentavam Vizela nas Termas ficavam impressionados com tantos vizelenses analfabetos em idade adulta por isso aplaudiram e alguns colaboraram na construção da escola com donativos.

O QUE FOI ORGANIZADO?
Uma comissão para a construção da escola da qual fazia parte Joaquim Pinto, o padre de S. João das Caldas, António José Félix e elementos da Junta da Paróquia (assim se chamavam as Juntas de Freguesias).

INICIATIVAS?
Realizou-se um bazar no Parque das Termas com 1.200 prendas para recolha de fundos e fizeram-se peditórios pelos hóteis onde estavam hospedados aquistas e turistas.

RECONHECIMENTO?
A rua onde foi construída a escola recebeu o nome do grande vizelense Joaquim Pinto em forma de gratidão do Povo de Vizela. Atualmente a escola ainda funciona em pleno, tendo um interregno na década de 70 para realização de restauro, sendo transferidas todas as turmas para a antiga Fábrica da Veleiro na rua Pereira Reis.

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Fonte: Livro das Margens do Vizela Memórias, da historiadora vizelense, Dra. Maria José Pacheco.

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