A indústria têxtil é uma das áreas onde escasseia mão-de-obra especializada em Portugal, factor que está a condicionar o crescimento deste sector.
Para contornar esta dificuldade, a J.F. Almeida, de Moreira de Cónegos, Guimarães, já empregou meia centena de ucranianos e está agora a importar trabalhadores especializados do Bangladesh, incluindo engenheiros têxteis.
"Damos prioridade aos portugueses, não podemos ficar de braços cruzados face à enorme dificuldade em contratarmos pessoas para trabalhar junto às máquinas", explicou Joaquim Ferreira de Almeida, presidente do grupo, ao "Jornal T", da Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal (ATP)
A empresa decidiu mesmo avançar com um investimento de 400 mil euros numa espécie de hotel, com 26 quartos, junto do edifício-sede, para alojar os seus trabalhadores estrangeiros.
Criada em 1979, a têxtil vimaranense emprega 580 pessoas nas suas três fábricas e pólo logístico, e fechou 2017 com uma facturação de cerca de 50 milhões de euros.
Exporta 90% da produção, equivalente a 450 toneladas/mês, para quatro dezenas de países, como França, África do Sul, México ou Índia.
A Têxteis J.F. Almeida é uma unidade vertical, controlando a fiação, tecelagem, tinturaria, acabamentos e confecção. A marca própria "Mi Casa Es Tu Casa" surgiu em 2013 e já vale 14% do volume de negócios do grupo, que fabrica as toalhas de praia da Emporio Armani.
O Negócios tentou, sem sucesso, contactar Joaquim Ferreira de Almeida.
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Rui Neves
Rui Neves ruineves@negocios.pt 13 de março de 2018 às 14:43