"Uma
afirmação do catedrático Julio Garcia del Junco que me deixou a pensar.
Escutei-a do seu testemunho sobre “A influência dos líderes felizes na
felicidade organizacional”, na I Conferência Internacional sobre
Felicidade nas Organizações, que decorreu nos dias 20 e 21 de fevereiro.
(Opinião de Ana Sousa)
Escutei-a e vi alegria interior na expressão de quem o disse! Esse fator reforçou a minha crença de que é possível ser-se uma pessoa feliz e o quanto essa felicidade é contagiante e passível de ser transmitida à organização onde trabalhamos. Além disso, e reforçando a pertinência do tema da felicidade organizacional, este catedrático diz-nos que líderes mais felizes procuram desenvolver empowerment nas suas equipas e está comprovado que estas equipas são as mais rentáveis e produtivas.
E
são-no porque possibilitam que as suas pessoas se sintam felizes, não
episodicamente, mas com consistência. Gandhi disse-nos, a propósito, que
“felicidade plena consegue-se quando ação e pensamento são
equivalentes” e é este conceito de consistência a que me refiro.
Considero que este é um tema em que para nos tornarmos sábios precisamos aprofundá-lo na vida quotidiana, precisa ser vivido, partilhado e conscientizado, gerando experiência e vivência com aprendizagem. Acredito que a medição que atualmente se faz a estes fatores é um bom contributo nesta conscientização e aprendizagem.
E… como posso ser um líder feliz? Na conferência já referida foram comentadas por diversos oradores algumas dicas que nos podem ser muito úteis:
Perceber
que será sempre ser criticado. Então o que de melhor pode retirar desse
facto? Agradecer a crítica. Entendê-la como uma nova perspetiva.
Afinal, só o critica quem se importa consigo; essa pessoa teria sempre
podido escolher a indiferença e não o fez!
Saber
“gastar tempo” consigo e com os outros. Estar presente, concentrado no
que está a acontecer no momento é muito gratificante. Estar
emocionalmente presente para as pessoas é uma mensagem poderosa de
respeito que melhora a comunicação e fortalece os relacionamentos.
Prestar atenção às pessoas faz com que se sintam importantes e
envolvidas.
Afinal, o que pode ser mais importante do que as pessoas? Dizemo-lo com frequência, e até alguma facilidade, mas será que o assumimos no nosso dia-a-dia? Porque não avaliar e decidir, desligar o computador para conversar abertamente com alguém ou esquecer a preenchida agenda porque uma conversa se revelou importante? Ao fazê-lo sabe que terá de dedicar outras das suas horas a compensar e reequilibrar a agenda, mas também pode aprender o quanto esta capacidade de se libertar da tirania da sua agenda lhe é gratificante, por lhe permitir sentir que é uma pessoa!
Afinal, o que pode ser mais importante do que as pessoas? Dizemo-lo com frequência, e até alguma facilidade, mas será que o assumimos no nosso dia-a-dia? Porque não avaliar e decidir, desligar o computador para conversar abertamente com alguém ou esquecer a preenchida agenda porque uma conversa se revelou importante? Ao fazê-lo sabe que terá de dedicar outras das suas horas a compensar e reequilibrar a agenda, mas também pode aprender o quanto esta capacidade de se libertar da tirania da sua agenda lhe é gratificante, por lhe permitir sentir que é uma pessoa!
Manter
os compromissos. Frequentemente somos traídos pela nossa boa intenção e
as nossas palavras são mais velozes do que as nossas ações. É bom ir
reduzindo conscientemente as vezes que faz promessas que sabe que não
consegue cumprir… até levar, mesmo, essas promessas a ZERO! Não permita
que a sua boa intenção desconstrua a sua credibilidade!
Colhemos o que plantamos. Confiança gera confiança. Ética gera ética. Felicidade gera felicidade.
Não se preocupe com os erros. Aprenda com eles! E saiba assumir as suas consequências.
Sabia
que nos inquéritos de felicidade organizacional, 70% das pessoas
referem que a principal característica de um líder é a honestidade? Ser
honesto consigo e com os outros! Dê-se ao luxo de poder errar e
aprender, percebendo que nada crítico acontece.
Este processo ou caminho
permitir-lhe-á ser alegre, grato, atento e presente, uma vez que irá
desenvolver em si características de autenticidade, de dignidade, de
líder feliz – o líder que verdadeiramente o é, não por estar feliz, mas
antes por ser feliz.
Afinal, também este caminho se faz, caminhando, aprendendo, rindo, contagiando e sendo feliz por opção!
Afinal, também este caminho se faz, caminhando, aprendendo, rindo, contagiando e sendo feliz por opção!
Por: Ana Sousa, executive coach e managing partner da WIF Partners