Apesar deste assunto ter sido discutido em sede de reunião camarária, o executivo apenas decidiu sobre as taxas, não abordando o problema em todas as dimensões, nomeadamente em matérias ambientais e de serviço público.
O Bloco de Esquerda entende que todos e todas os munícipes devem ser tratados com igualdade e, por isso, devem ter o acesso a todos os serviços camarários de igual forma. É de destacar, também, os problemas ambientais que advêm da falta de ligação à rede de saneamento por parte de habitações, que normalmente utilizam fossas que poluem solos e lenções de água subterrâneos.
Por isso, o Bloco de Esquerda irá apresentar um pedido formal à Câmara Municipal de Vizela, para que seja efetuado um levantamento sobre a rede pública de água e saneamento atual e para que seja apresentado um plano faseado de alargamento da rede, principalmente para as freguesias que apresentam défice de rede elevado.
Sobre as taxas a aplicar em 2018, o Bloco de Esquerda felicita a redução da taxa de resíduos urbanos, mas lamenta que esta redução não vá ter expressão na fatura a pagar pelos vizelenses mensalmente, uma vez que a taxa de saneamento será aumentada.
No entender do Bloco de Esquerda Vizela, o serviço que tem vindo a ser prestado pela Vimágua é deficitário e tem vindo a prejudicar os vizelenses. Os lucros da empresa, que são superiores a 2,5 milhões de euros de 2014 a 2016, devem ser aplicados na melhoria da rede, evitando perdas, que são superiores a 40% em 2016 (diferença entre a água captada e a faturada a clientes), por exemplo.
A boa gestão deste serviço permitiria obviamente tarifas mais baixas e, consequentemente, a redução da fatura a pagar pelos vizelenses, pelo que o Bloco de Esquerda pretende debater uma melhor solução para o concelho de Vizela, equacionando a ruptura com a Vimágua, passando o município de Vizela a prestar este serviço».