Por verificar que no próximo dia 17 de junho que a Direção dos Bombeiros vai dar posse ao novo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Vizela e por entender que esta Direção não está devidamente legitimada para este ato, continuando a defender os Bombeiros Voluntários de Vizela e os seus 140 anos de história, venho dar conhecimento a todos os associados e vizelenses, que no início da próxima semana e após a conclusão da recolha das assinaturas necessárias, irei entregar ao Sr. Presidente da Assembleia Geral da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vizela, o pedido de Assembleia, nos termos e razões abaixo apresentadas.
Com os melhores cumprimentos,
Paulo Jorge Lopes
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EXMO. SENHOR PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL DA REAL ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VIZELA
Os Associados da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela abaixo assinados, considerando que:
• As últimas eleições para os Órgãos Sociais da Real Associação foram um dos sufrágios eleitorais mais concorridos da sua história recente, tendo, contrariamente ao que sucedeu em processos eleitorais anteriores, sido apresentada mais que uma lista;
• O cabeça de lista que, agora, “suspendeu funções” foi o rosto da Lista A, lista vencedora do ato eleitoral e figura preponderante para essa vitória;
• João Ilídio Costa afirmou, num passado recente, mais precisamente no dia 18 de dezembro de 2009, que “a política fica à porta do quartel dos Bombeiros Voluntários de Vizela” e, agora, fez simplesmente o contrário, aceitando o convite para encabeçar uma lista à Presidência da Câmara Municipal de Vizela;
• João Ilídio Costa, com a atual “suspensão de funções”, criou uma situação de indefinição diretiva até ao dia das próximas eleições autarquias, na medida em que afirmou publicamente que se perdesse as eleições voltava para a Direção da Real Associação;
• Pelo desenrolar da história recente – que todos conhecem –, encontra-se, atualmente, em curso, um dos processos internos mais importantes das últimas décadas para os Bombeiros Voluntários de Vizela, isto é, a nomeação de um novo Comandante;
• A nomeação do novo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Vizela deverá ser feita por uma Direção em plenitude de funções e não por uma estrutura diretiva provisória e incerta;
• O novo Comandante trabalhará diretamente com a direção, em particular com o seu Presidente, devendo a anuência deste ser primordial para esta decisão, algo que, na presente data, não é possível, atendendo que a figura do Presidente se encontra indefinida até ao próximo dia 1 de outubro;
• Não é eticamente aceitável que um Presidente defina a escolha de um novo Comandante, impondo-o para trabalhar com um outro Presidente;
• Nos termos dos Estatutos da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela, não se encontra prevista a possibilidade de suspensão do mandato, pelo que o arrastar da presente situação poderá necessariamente conduzir à perda de mandato do Presidente da Direção, por faltas injustificadas, e consequente destituição pela Assembleia Geral;
• Em 140 anos de história da Real Associação nunca um Presidente da Direção solicitou a “suspensão de mandato” pelos motivos apresentados.
Atento ao exposto, tendo em consideração que, pelas razões apresentadas, está colocado em causa o normal funcionamento da Real Associação, implicando necessária e urgentemente uma discussão sobre a mesma, vêm, nos termos do artigo 14.º dos Estatutos da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela, aprovados na Assembleia Geral de 06 de dezembro de 2013, requerer a V. Exa. o agendamento de reunião extraordinária da Assembleia Geral, a realizar nos 15 dias seguintes à apresentação do presente, nos termos legais, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Discutir a atual e futura situação diretiva da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela;
2. Discutir e aprovar a destituição dos Órgãos Sociais e a convocação de eleições antecipadas para a eleição dos mesmos.
Vizela, 1 de junho de 2017