Era interessante perceber os motivos que potenciaram estas alterações horárias que acontecem duas vezes por ano. Segundo Hugo Tavares da Silva, do blogue “Observador”, este acontecimento “já tem barbas”. A mudança da hora surgiu como ideia no século XVIII por Benjamin Franklin, com o objetivo de poupar velas. Esta alteração permitiria adaptar a vida ao número de horas de insolação diárias, fazendo com que se aproveitasse o dia na totalidade e, assim, se gastassem menos velas. Apesar de esta ideia não ter sido adotada, no século XX a mesma ressurge, apoiada por Churchill, com o mesmo objetivo de reduzir o consumo de energia, mas, nesta altura, em particular o de carvão.
A ideia de mudança de hora volta a não ser posta em prática. Contudo, aquando da 1ª Guerra Mundial alguns países adotaram-na exatamente como meio de redução do consumo de energia, embora nada formalizado. A 2ª Guerra Mundial e a primeira Crise do Petróleo, em 1973, foram cruciais para que quase todos os países adotassem a medida da alteração horária. Em 1981, esta medida transforma-se num diretiva europeia, contando assim com a aceitação e apoio dos órgãos da União Europeia, o que fez com que este acontecimento de “atraso e adianto de hora“ se mantivesse até aos dias de hoje.
Segundo alguns estudos feitos pelo tema, concluiu-se que existem aspetos positivos e negativos desta alteração bianual, embora prevaleçam os positivos. De entre os aspetos positivos podem-se destacar a poupança de energia; a maior motivação e produtividade, uma vez que a situação atual evita que as pessoas vão para o trabalho ainda de noite; e o maior aproveitamento do dia, principalmente no Verão. Os aspetos negativos, remetem-se ao nível social e prendem-se com as alterações de sono, a quebra da rotina nesses dias, um maior cansaço e sonolência. Os dias parecem intermináveis com o horário de Verão.
Posto isto, considera-se que a alteração horária é positiva e é já uma tradição, e as tradições são para se manter.
Ah! E não se esqueçam de acertar os relógios para evitar atrasos ou inconvenientes no dia de Páscoa. Não deixem a cruz com o Senhor á espera que se levantem!!!
Sofia Fernandes, 12º C, Escola Secundária de Caldas de Vizela