A bananeira do "Senhor Abreu" em Megide

Há muitas bananeiras plantadas em jardins e quintas de Guimarães, mas poucas pessoas têm a sorte de Fernando Abreu, residente em Moreira de Cónegos, que já colheu um cacho do saboroso fruto produzido no seu quintal.


Na Rua Dona Laurinda Ferreira de Magalhães, Fernando Abreu tem no quintal algumas bananeiras que produzem grandes cachos desse fruto cuja proveniência habitualmente associamos à Madeira. "Plantei a bananeira há 10 anos e nos últimos cinco tenho colhido sempre bananas", confessa, orgulhoso da proeza, o agricultor de 80 anos.


"A bananeira está num sítio especial, porque está virada ao sol e protegida pelas paredes da fábrica Belfama, onde certamente beneficia do calor libertado pela caldeira" que estará do outro lado da parede da fábrica. "Claro, que nunca lhe falta água. Tenho muito gosto", anota, exibindo o cacho com as bananas maduras e apetitosas.


Fernando Abreu concilia a actividade de tratorista com a dedicação à agricultura, tendo construído ao longo dos anos um museu rural que ocupa parte da sua casa, precisamente na sua antiga vacaria. O museu rural é um projecto pessoal, criado e enriquecido, simbolizando uma homenagem a diferentes práticas características do trabalho e da vida quotidiana do vale do Rio Vizela.


O anfitrião abre as portas a quem desejar conhecer a sua colecção que resulta de uma recolha de instrumentos usados nas diferentes actividades sazonais do cultivo dos campos, da produção de vinho, na transformação da madeira, no tratamento dos cereais e até na cozinha e higiene pessoal de outros tempos. São cerca de mil peças, todas elas com uma história à espera de ser descoberta.

Notícia de Elisabete Pinto em O Comércio de Guimarães

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