Este ano o feriado não faz falta às cerimónias de visita aos cemitérios porque o Dia de Todos os Santos coincidiu com um domingo.
Enfeitar as campas, visitar e rezar neste dia, no concelho de Vizela com a presença dos párocos que celebram dentro dos próprios "campos santos", faz parte de um ritual. É o respeito por aquilo que sentimos relativamente às pessoas que amamos.Maria Fernanda, vizelense que todos os anos visita os cemitérios de S. João e S. Miguel das Caldas,
defende que “as pessoas têm que ter um dia para se lembrarem de quem perderam, para pensar um pouco nos que partiram” e, neste sentido, entende que o feriado de 1 de novembro deveria ser reposto embora alguns o aproveitassem para outros fins.
Maria Fernanda cumpre religiosamente a romagem ao cemitério em Dia de Todos os Santos. Dois dias antes arranja a campa, tal como faz todas as semanas, e no dia anterior, vai pôr as flores. Ontem, voltou ao cemitério para pôr as velas.
“É uma forma de prestar homenagem aos bons pais que tive” conta esta vizelense, que lembra com especial saudade a mãe. “Mãe é mãe, nunca esquece” revela Maria Fernanda que confessa: “tenho muitas saudades e muitas recordações”.
O Dia de Todos os Santos é também de reencontro para as famílias que se cruzam na visita aos entes queridos.
Há pessoas que nunca falham a visita aos cemitérios neste dia, mas também há quem diga que se gasta imenso dinheiro em flores para os mortos quando os vivas nada receberam, havendo imensa vaidade e falta de modéstia e outros acusam que “muitas pessoas só se lembram dos mortos neste dia e só vão ao cemitério porque parece mal não irem”.
Cada um vive o 1 de novembro como dita a sua alma.