João Ilídio Costa, que esteve ladeado nesta conferência de imprensa pelos diretores José Manuel Pires, Armindo Rodrigo Martins, José Luís Piloto, Jorge Castro, Filipe Faria e Armindo Faria começou por fazer uma abordagem aos desenvolvimentos do caso da sucessão do comandante relatados pela imprensa destacando que houve assuntos mais importantes na última assembleia como a aprovação do orçamento 2014 e a distinção do sócio benemérito Jorge do Carmo que não mereceram a devida referência dos jornais optando estes por escalpelizar uma situação que deveria ocorrer de forma discreta.
Ilídio Costa disse que seria o primeiro a demitir-se se sentisse que isso seria benéfico para a Associação.
O presidente dos bombeiros prosseguiu salientando que a decisão de substituir o comandante é da responsabilidade da direção tendo sido também esta a responsável pelo convite ao mesmo.
Sobre o processo que agora tramitou para uma Comissão Arbitral, o presidente referiu que pediu isenção a esta comissão mas que está esperançado que aquela vote pela saída do Comandante: «Será a decisão mais correta na medida em que entre o Comandante e a direção já não há comunicação possível e vivemos um período de indisciplina e desmobilização que é da responsabilidade do Comandante: «Há quanto tempo não se ouvia a sirene a tocar tanto e ninguém a apresentar-se aos serviços? o que escreveram alguns bombeiros nas redes sociais contra a direção citando o comandante? Como pode ele dizer que não sabia duma petição em curso se depois veio dizer que ouviu dizer que havia uma petição. Quem foram os mandantes desta petição?»No dia 2 de dezembro último a direção decidiu na sua totalidade transmitir ao Comandante que não pretendia renovar a sua comissão depois de um ano antes o ter alertado que as coisas estavam muito más: «Esperavamos que ele meditasse e melhorasse e nada».
PETIÇÃO TARDIA
Para o presidente, a petição de 84 assinaturas de bombeiros que pedia a continuidade do Comandante foi apresentada tardiamente: «Surgiu numa altura em que já não havia volta a dar ao processo. Houve bombeiros que assinaram a petição que nos disseram estar arrependidos mas não os deixaram retirar os nomes. 1/4 dos bombeiros presentes na assembleia não assinaram a petição a favor do comandante.João Ilídio Costa voltou a acusar o Comandante de se esquivar a marcar reuniões de trabalho «em total desrespeito pela direção e regulamentos internos».
«Passaram-se coisas muito graves que são reveladores da indisciplina que patenteia no quartel por falta de um líder» - disse o Presidente.
João Ilídio Costa teceu também afirmações sobre o ex-comandante Rogério Caldas revelando que este teve uma intervenção de ódio na última assembleia geral e que fez afirmações graves como acusar o presidente da assembleia de não ser isento.
O presidente promete que a disciplina voltará ao quartel: «Não vamos ser brandos com quem pretende fazer mal à Real Associação. Iremos bater-nos pelo voluntariado contra aqueles que querem acabar com o voluntariado. Exigiremos que sejam postos os interesses da Associação acima de tudo».
REUNIÃO APÓS 2 DE MAIO
Quanto à sua recandidatura em outubro, João Ilídio Costa disse que ainda não pensou sobre o assunto mas que tomará sempre a decisão que julgar a melhor para os destinos da Real Associação.