João Pedro: Acredito na manutenção do CCD

João Pedro Coelho, professor de educação física, fica na história de Santa Eulália como o treinador que orientou a equipa sénior do CCD na sua estreia num campeonato semi-profissional.
Também para o jovem treinador, natural daquela vila do concelho de Vizela, esta é uma estreia num patamar que vai para além dos campeonatos distritais onde foi treinador de equipas de formação, casos do Vizela e Santa Eulália, e da equipa sénior do Pevidém. Acredita piamente que o CCD não vai descer de divisão e não descarta a possibilidade de um dia presidir ao Clube de Santa Eulália.


João Pedro Coelho tem pela frente 14 jogos da fase de manutenção onde vai procurar segurar o Santa Eulália no Campeonato Nacional de Seniores para onde parte com sete pontos (metade de 13 conquistados).

 ddV - Que balanço faz da participação do CCD nesta primeira fase do Campeonato Nacional de Seniores?

 JOÃO PEDRO COELHO - Um balanço positivo e dentro das expectativas inicialmente criadas. Partimos para a preparação desta época conscientes das dificuldades que nos esperariam.

Estando integrado num campeonato nacional deste nível, na série mais competitiva do campeonato, sabíamos que em todos os jogos sentiríamos muitas dificuldades em pontuar.

No entanto iniciar esta segunda fase num cenário totalmente em aberto naquilo que são os nossos objetivos, penso que por si só representa um percurso difícil mas positivo.


– Como se sentiu a dirigir o CCD num campeonato desta envergadura?

- À altura da exigência. Temos uma estrutura no departamento sénior que se tem empenhado muito, de forma a trabalhar perto do profissionalismo com competência, rigor e organização.


– Houve algum jogo especial para si?

- O primeiro jogo do CNS pois foi a minha estreia e a do Clube num campeonato pré-profissional, em casa e perante os associados que muito prezo.

– Como analisa os dois confrontos com o vizinho Vizela.

- Dois jogos de muito respeito entre dois Clubes amigos que representam o mesmo Concelho num patamar Nacional. Em termos de competições fomos incapazes de ser competitivos em Vizela no entanto em Santa Eulália demonstramos que com atitude, determinação e muito espírito colectivo conseguimos atingir os objectivos.


– Esperava ter mais pontos nesta altura?

- Esperava iniciar a segunda fase entre os 7 e os 10 pontos. Poderíamos ter no inicio desta fase mais 3 pontos: jogos em casa que perdemos com o Amarante e Vila Real e que empatamos com o Tirsense foram partidas que tivemos manifestamente falta de experiência para conseguir outros resultados.

– Como será esta fase de manutenção?

- Muito competitiva. Todas as equipas estão a reformular os seus plantéis com entrada de 3/4 jogadores o que pela lógica as tornarão mais fortes e mais competitivas.

Nesta fase apenas estão mais seguras o Vizela e o Felgueiras. Todas as restantes irão depender dos primeiros jogos, que determinarão quem serão realmente as equipas que irão ter mais dificuldade para atingir a manutenção. Entendo que essa luta será até à décima quarta jornada!


– Acha que conseguirá manter o CCD no CNS?

- Estou perfeitamente convicto que sim. Acredito na manutenção do CCD neste campeonato.


– Desejava reforçar a equipa?

- Sim, a Direção sabe o que penso sobre esse assunto.


- No arranque desta época teve os jogadores que escolheu ou sentiu limitações de contratação?

- Tivemos óbvias limitações na construção do plantel. Não conseguimos os jogadores que pretendíamos.


– Acha que Zezé, tido como dos melhores marcadores da AFB, foi bem dispensado pelo Santa Eulália?

- A dispensa do Zezé, assim como todos os outros dispensados que tiveram um maior ou menor percurso no Clube, foi meramente opção técnica e focada na realidade atual do Clube.


- Como foi treinar o Pevidém?

- Uma experiência fantástica! Recordarei o Clube e algumas pessoas para sempre.

Amo o Clube, gosto da Vila e das pessoas de Pevidém. Uma palavra de grande apreço público para o Evangelista, Jorge Coelho, Jorge Costa e Albano pessoas com quem trabalhei, que me identifico e a quem estou muito grato.


– É professor; sonha um abarcar a carreira de treinador em exclusivo?

- O meu objetivo é corresponder sempre aos desafios que me são criados. Neste momento estou focado em garantir o objetivo da manutenção do CCD no CNS.



– Está nos seus planos ser um dia presidente do CCD de Santa Eulália?

- A vida é composta de ciclos. Neste momento a curto prazo é impensável.

No futuro estarei sempre atento às necessidades do Clube da minha terra, onde joguei na formação, nos seniores, onde fui coordenador e treinador da formação e agora treinador dos Seniores.


– Considera que o CNS é o espaço do CCD ou seria outra divisão?

- Os responsáveis do Clube conseguiram criar ao longo dos anos condições que fazem hoje do CCD um Clube claramente de patamar Nacional. Este é o Campeonato em que o CCD deve estar inserido por muitos anos.


– A ironia do sorteio ditou um Vizela-CCD na abertura da segunda fase. Que espera desta partida?

- Uma partida muito difícil naquilo que são os objectivos do CCD para esse jogo. No entanto seremos certamente mais fortes e mais competitivos do que no último jogo que disputamos em Vizela e procuraremos vencer.


- Qual acha que vai ser a postura do Vizela nesta fase e o que pensa das dispensas de jogadores como Rafinha, Cláudio e Tiago Martins?

- O plantel do FCV é muito vasto em quantidade e qualidade pelo que a importância das ausências serão minimizadas pela qualidade dos seus substitutos.


– Não procurou reforços no Vizela para o CCD?

- Não. Nenhum jogador do Vizela esteve ou está dentro daquilo que são os interesses desportivos e financeiros do Clube. ddV



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