A comissão de inquérito que investigou as circunstâncias do acidente que vitimou mortalmente três espetadores (uma dessas vitimas o menino Bruno Lopes de S. Paio de Vizela) no Rali Sprint de Guimarães 2014 realizado em setembro, concluiu esta segunda-feira que tudo não passou de "um lamentável e triste acidente".
Acidente provocou a morte a três espectadores referida comissão não detetou "nenhuma falha de organização ou segurança na prova que tivesse contribuído, direta ou indiretamente, para o acidente" e considerou que a estrada se encontrava "fechada com os meios de segurança adequados para o normal desenrolar da prova e para o grande número de espetadores presentes no evento".
Não obstante, de acordo com as conclusões da comissão de inquérito, nada ter falhado em termos organizacionais, a verdade é que morreram três espetadores, duas crianças e uma mulher, que assistiam à prova, e ficaram feridos cinco, dois com gravidade e três com ferimentos ligeiros, na sequência de um despiste protagonizado pelo piloto Hélder Macedo, que fazia dupla com Marco Mota, em Renault Clio.A comissão iliba a organização da prova de responsabilidades no acidente e não as endossa diretamente às vítimas, mas nas suas conclusões não deixa de referir que "o público, em qualquer espetáculo desportivo, tem de seguir escrupulosamente todas as indicações de segurança dadas pelos agentes e comissários pela mesma".
O Renault Clio de Hélder Macedo despistou-se na parte final do troço da Rampa da Penha e colheu oito espetadores, o que levou à suspensão do rali num momento em que tinham apenas arrancado quatro veículos.Este tinha sido o terceiro acidente grave ocorrido em 2014 em provas de Rali Sprint.
Em junho, um acidente no Rali Montelongo causou ferimentos graves no condutor e navegador, enquanto no início de agosto, outro acidente no Rali Cabeceiras de Basto causou a morte do piloto Nuno Silva.A comissão de inquérito foi constituída por Paulo Campos (Diretor da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting [FPAK] e comissário desportivo internacional), Carlos Cruz (presidente do Demoporto e comissário desportivo), Paulo Magalhães (Presidente do Gondomar Automóvel Sport e comissário desportivo internacional), José Leite (comissário desportivo e membro do Tribunal de Apelação da FPAK), Gonçalo Nuno e Rui Silva (comissários técnicos), um observador do clube organizador e Eduardo Castro (presidente do Motor Clube de Guimarães).
Notícia JN