Como é sobejamente conhecido, no período compreendido entre 18/05/1998 e 20/11/2013 exerci no Centro Social da Paróquia de Polvoreira as funções de Vice-Presidente da Direção.
Esse mandato como Vice-Presidente cessou, por renúncia comunicada por mim ao Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, por carta de 20/11/2013.
Aquando da aceitação desse meu pedido de renúncia, o senhor Arcebispo Primaz comunicou-me a existência de uma auditoria às contas do Centro Social.
A existência dessa auditoria foi divulgada publicamente, sendo certo que o atual Presidente da direção, Padre Francisco Xavier, por diversas vezes afirmou verbalmente e por escrito que a anterior Direção, que eu integrava, havia deixado mais de dois milhões de euros em dívidas.
Face a essas acusações, umas veladas e outras explícitas quer à anterior Direção, quer à minha pessoa e com vista a defender a minha honorabilidade, solicitei formalmente ao Centro Social que me fossem comunicadas as conclusões da referida auditoria.
Essa minha solicitação nunca teve resposta.
Posteriormente, pedi que me fossem facultadas cópias de determinadas atas da Direção em que participei enquanto vice-presidente.
Esse pedido foi-me repetidas vezes negado.
Temos pois que, não só foram lançadas sobre a minha pessoa e sobre a anterior Direção suspeitas graves, como nada me é comunicado sobre uma alegada auditoria cujas conclusões continuo sem conhecer; no âmbito da qual não fui sequer ouvido; como ainda me é recusada a apresentação de elementos fundamentais para que possa defender sustentadamente a minha honorabilidade.
A última coisa que desejei neste processo era que o mesmo resvalasse para a via judicial, mas a intransigência reveladora de falta de bom senso dos atuais responsáveis do Centro Social a isso me obriga.
Assim, dei hoje entrada de ação judicial com vista a que o Centro Social da Paróquia de Polvoreira seja intimado a facultar-me a documentação que até agora me recusou, numa luta que só considerarei terminada quando a minha honorabilidade e o meu bom nome estiverem definitivamente à margem de qualquer suspeita como aquelas que contra mim têm sido postas a circular.
Guimarães, 4 de Dezembro de 2014.
Carlos Oliveira