A apresentação de Miguel Lopes, foi seguida pela jornalista da Rádio Vizela, Fátima Anjos que relatou assim no site daquela estação a conferência de imprensa.
«Em Conferência de Imprensa realizada ao final desta manhã de segunda-feira, Dinis Costa, presidente da Câmara Municipal de Vizela (CMV), anunciou que a partir de janeiro, Miguel Lopes, vereador eleito pela coligação PSD-CDS/PP, passará a integrar a equipa de vereadores com pelouros.
Não esclareceu quais pelouros e se o exercício da sua atividade será feito a tempo inteiro ou a meio tempo. Aos jornalistas não foi permitida a colocação de perguntas.
Segundo Dinis Costa, esta decisão decorreu de um processo de negociações e foi tomada com um objetivo – a consensualização de ideias, tendo em vista um melhor futuro para Vizela. “Foi com muito agrado que o dr. Miguel Lopes aceitou este convite. Depois de vermos o que aconteceu nos CTT e noutros serviços públicos que nos querem retirar, não me admirava nada que qualquer dia queiram acabar com alguns municípios e é, por isso, que precisamos de estar unidos nestes próximos quatro anos”, disse o edil. A proposta de atribuição de pelouros a Miguel Lopes será deliberada na primeira reunião de janeiro.
Miguel Lopes fala de “fait-divers” e interesses pessoais
Quem também usou da palavra foi Miguel Lopes, o vereador que se desmarcou das lideranças dos partidos que compõem a coligação em comunicado emitido na última sexta-feira. O político veio dizer que nesta altura não faz sentido dividir, mas antes unir e que espera ver algumas das propostas da coligação serem canalizadas pelo Executivo camarário. Garantiu que, nesta altura, há muitas pessoas preocupadas em alimentar “fait-divers” preocupadas apenas com interesses pessoais. Assegurou ainda que esta sua decisão nada estará relacionada com uma eventual integração no Partido Socialista. “Isso não tem nada a ver”, afirmou ainda Miguel Lopes. E acrescentou: “Em alturas difíceis é importante darmos as mãos para termos um concelho melhor sem lutas partidárias e sem lutas dentro dos partidos. Até acho piada que algumas pessoas estejam a ver a parte negativa deste convite e não a positiva. Seguramente estarão apenas a olhar para os seus interesses pessoais. Mas nós não, nós estamos numa lógica muito acima dos partidos, fazendo o melhor pelo concelho e em muitas matérias há sintonia. Enquanto vereador da oposição, terei [a partir de janeiro] um papel mais ativo junto do Executivo. Tudo o resto é treta. Em Vizela há muita gente com tempo a mais para dizer asneiras". "Este é um ato que é nobre, um presidente de Câmara que tem maioria absoluta e que fez este desafio a um vereador da oposição", concluiu».