"Feto abandonado na casa de banho de Guimarães"

Um feto ainda ligado ao cordão umbilical foi encontrado na casa de banho de um café, na madrugada de sábado, em Azurém, próximo do centro de Guimarães.
Tudo aconteceu no parque do Infante, na Rua Dr. João Afonso de Almeida, nas traseiras da PSP de Guimarães.


Um feto ainda ligado ao cordão umbilical foi encontrado na casa de banho de um café, na madrugada de sábado, em Azurém, próximo do centro de Guimarães. Tudo aconteceu no parque do Infante, na Rua Dr. João Afonso de Almeida, nas traseiras da PSP de Guimarães.

Passavam poucos minutos da uma da manhã quando uma senhora, cliente do café, teve dificuldades em descarregar o autoclismo da casa de banho. Alertou o dono, que foi desentupir a sanita e, com o desentupidor, puxou o cordão umbilical do feto.

O corpo, ainda pequeno para um bebé, estava entalado. "Foi um cenário terrível, eu puxei o cordão, que parecia uma tripa, e já nem quis ver mais, chamei logo a polícia", contou o dono, ao JN.

O proprietário garante que o feto aparentava ter sido ali despejado nu: "Não tinha nada a cobri-lo e devia estar ali há pouco tempo porque, do que vi, não estava em decomposição", diz, pedindo para não ser identificado.

Menos de uma hora depois da descoberta, a Polícia Judiciária começou a investigar. A PJ não adianta pormenores da investigação. O cadáver vai ser autopsiado amanhã.

Jovem de 19 anos suspeita

O JN sabe que a principal suspeita é, neste momento, uma jovem de 19 anos que esteve cerca de duas horas antes no estabelecimento. Os indícios têm a ver com o facto de a jovem, moradora naquele complexo de prédios, ter estado durante muito tempo na casa de banho e, a cadeira onde esteve sentada, estar manchada com sangue.

Ainda não há certezas, mesmo para o dono do café, que afirma que "é normal às vezes as cadeiras aparecerem com sangue", fruto do descuido de alguma mulher menstruada. Considera, contudo, que o caso "é trágico e muito estranho".

Os Bombeiros Voluntários de Guimarães transportaram o corpo do feto para o Instituto de Medicina Legal do Hospital de Guimarães. Para já, desconhece-se o sexo e o tempo de gestação exato do feto.

NOTÍCIA JN, DELFIM MACHADO

Partilhar