nomeadamente ao projeto de construção de um novo edifício para instalar a saúde mental, a unidade de convalescença e o internamento de medicina, cujo investimento tinha sido garantido pelo Governo do PS”, lamentou.
O candidato socialista a presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso falava após uma visita à Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova. No final, questionado sobre o eventual encerramento do Hospital de Santo Tirso, Joaquim Couto reiterou a sua preocupação pelo “esvaziamento” dos serviços. “Numa altura em que o Governo do PSD assumiu como principal desígnio devolver os edifícios dos hospitais aos seus proprietários – as Misericórdias -, pergunto se vão querer deixar o Hospital de Santo Tirso morrer aos poucos, ao cancelar os investimentos que o PS tinha previsto e que integravam um plano de reconversão desta unidade hospitalar”, criticou.
Para Joaquim Couto, “esta é uma situação insustentável”, dado que coloca em causa a equidade no acesso aos serviços de saúde da população do concelho: “O Hospital de Santo Tirso é a sede do Centro Hospitalar do Médio Ave. Não faz sentido que se transfiram serviços para o Hospital de Famalicão”.
Questionado sobre a sua proposta de construção de um novo Centro Hospitalar para Santo Tirso, Trofa e Famalicão, o candidato do PS reafirmou a intenção de lutar pelo projeto. As populações, explicou, “merecem um edifício novo e moderno, construído de raiz”. “A nossa candidatura tem essa ambição, tal como sempre foi defendido pelos profissionais de saúde. Trata-se, obviamente, de um projeto que tem um horizonte de tempo de médio prazo. Contudo, enquanto não avançar, o Governo tem de garantir o acesso aos cuidados de saúde com qualidade no atual Hospital de Santo Tirso e isso não é possível cancelando os investimentos que estavam para ali previstos”, aludiu.
Joaquim Couto repudiou, ainda, as recentes declarações de Alírio Canceles sobre esta matéria, lamentando que “o candidato do Governo não tenha a capacidade de projetar ideias futuras que melhor sirvam a população de Santo Tirso”. “O candidato do PSD está a pactuar com o Governo, o mesmo que suspendeu os investimentos previstos para o Hospital de Santo Tirso”, criticou, rematando de forma irónica: “Até compreendo que assim seja, uma vez que que este é o candidato do Governo”.
Na visita à Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova, o candidato do PS a presidente de Câmara de Santo Tirso voltou a defender um programa para apoiar os mais velhos. Só no lar vivem 24 idosos, mas a instituição tem uma lista de espera de 70. “Há uma enorme procura, à qual não conseguimos dar resposta”, reconheceu Américo Silva, diretor da Associação.
Neste momento, a instituição tem um projeto de construção de um novo edifício com 16 quartos e capacidade para 32 idosos. “Gostaríamos muito de concretizar este projeto, para fazer face às necessidades”, assumiu Américo Silva.
Para Joaquim Couto, o papel desenvolvido pela Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova é “de extrema relevância no município”. Contudo, e face às carências no apoio à terceira idade, o candidato socialista voltou a defender a aposta em equipas pluridisciplinares, “compostas por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e que se devem deslocar a casa das pessoas, no sentido de lhes garantir qualidade de vida e bem-estar”.
A par do lar, a Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova tem Centro de Dia, creche, jardim de infância. Presta ainda serviço de apoio domiciliário a 22 pessoas idosas, nomeadamente na área da alimentação, higiene pessoa e tratamento de roupa.