AUTÁRQUICAS: Como vão ser as eleições em Vizela?

É voz corrente do povo que João Ilídio Costa poderá ser o cabeça duma lista independente à Câmara Municipal de Vizela. Irá o presidente dos Bombeiros no seu discurso deste domingo abordar o assunto? Ou deixará para outra altura? Dinis Costa concorre pelo PS e Miguel Lopes pelo PSD-CDS. Quem mais virá? Certezas poucas, dúvidas muitas a meio ano das eleições e a pouco mais de dois meses da entrega das listas em tribunal..



A preparação das listas para as eleições autárquicas marcadas para Outubro estão em fase de uma espécie de «segredo de justiça». As listas que se preparam para concorrer não emitem praticamente nenhumas informações sabendo-se apenas de fonte própria que Dinis Costa (PS) e Miguel Lopes (PSD/CDS?) voltarão a ser adversários e cabeças de lista. Quanto ao rol daqueles e daquelas que irão compor as suas listas tudo é muito vago neste momento, vale a voz do povo, algumas indisfarçáveis movimentações mas nada de concreto. O concreto só será dado 55 dias antes das eleições, altura em que as listas forem entregues no tribunal judicial de Guimarães.
Irá João Ilídio Costa concorrer?

INDEPENDENTES - Contando que Francisco Ferreira (ex-presidente da Câmara) possa não ser o cabeça de lista dos Independentes à CMV a pergunta que fica é esta: quem será então?
O nome de João Ilídio Costa, atual presidente dos Bombeiros de Vizela e com uma passagem pela bancada do PS na assembleia municipal como deputado independente, é o mais soado. João Ilídio não presta informações claras sobre o assunto, tendo apenas referido que recebeu vários convites para integrar listas.
Ilídio Costa é homem de frontalidade. Aguarda-se por isso o seu discurso deste domingo na festa de aniversário dos 136 anos da Real Associação. Se o presidente dos Bombeiros for mesmo o candidato da Lista Independente irá, nesta cerimónia pública ou noutra altura específica mas não muito lá para a frente porque o tempo urge, fazer a respetiva comunicação para "dentro" da instituição, adivinha-se.

O nome de um destacado deputado da assembleia municipal do PS é, também, apontado na voz do povo, como candidato (nº 2 ?) da lista dos independentes bem assim como um conhecido dirigente desportivo.
Francisco Ferreira ao não recandidatar-se ao executivo, deverá ser o cabeça de lista à assembleia municipal de Vizela pela lista dos independentes.
Outro nome importante da cena política local que é apontado à lista dos independentes pela voz do povo, é o de José Armando Branco, presidente de Junta em S. Miguel. José Armando não tomou até hoje qualquer posição pública.

Dinis Costa volta a recandidatar-se ao cargo que desempenha
PS - Tudo aponta que Dinis Costa vai apostar em Vítor Hugo Salgado e Dora Gaspar, socialistas que integram a vereação da Câmara Municipal, para números 2 e 3 da sua lista respetivamente. A principal dúvida  nesta altura é sobre quem ocupará o nº 4 da lista. Perante a falta de vontade do Dr. João Cocharra em continua no cargo de presidente da Assembleia municipal, cargo que desempenha desde a criação do concelho, ou de a ele concorrer, é avançado o nome do médico Dr. Fernando Carvalho.
João Polery anunciou na cerimónia do 25 de abril que era o seu último discurso na data abrilina na qualidade de líder da bancada do PS na assembleia municipal. Quem o irá substituir nesta função?
João Polery promete lá mais para a frente uma conferência de imprensa para abordar as eleições autárquicas e a composição das listas.

Nas freguesias também há ainda algumas dúvidas sobre quem concorrerá pelo PS, prevendo-se que Manuel Pedrosa seja o cabeça de lista em Santa Eulália, Paula Lima em Tagilde/S.Paio e Mário José Oliveira em S.Miguel/S. João. Faltará escolher os candidatos às freguesias de Santo Adrião de Vizela e Infias.
Joaquim Meireles, presidente da junta de Santa Eulália pelo PS, é apontado como candidato a presidente da assembleia desta freguesia pelo mesmo partido.
Miguel Lopes acredita que desta vencerá as eleições

PSD/CDS -Miguel Lopes vai concorrer pela segunda vez à Câmara Municipal procurando melhor resultado do que nas anteriores eleições onde a Coligação por Vizela elegeu três mandados (3 vereadores, no melhor resultado de sempre da direita-centro) ficando a mil votos da vitória.
Para já Miguel Lopes não abre muito o livro desconhecendo-se se a Coligação volta a ter como concorrentes os atuais vereadores António Manuel Pacheco e a médica Resgate Salta (auto-suspendeu o seu mandato, sendo substituída por Maria José Ramos). Resgate Salta em declarações ao ddV disse que ainda não tomou uma posição, sabendo-se que havia interesse de outras candidaturas no seu nome. Mas revela-se pouco provável a sua recanditaura.
É voz corrente que uma conhecida militante do Partido Socialista irá integrar a lista à Câmara da Coligação Por Vizela.

De resto prevê-se que Francisco Ribeiro seja o candidato à presidência da assembleia municipal (ocupa nesta altura o cargo de líder da bancada da oposição), e António Costa, atual presidente da Junta de Santo Adrião pela Coligação, concorra à presidência da assembleia daquela freguesia.
António Costa e Joaquim Meireles não podem renovar candidaturas aos cargos que desempenham.
Os candidatos às freguesias estão a ser contatados por Miguel Lopes, prevendo-se que Francisco Correia volte a concorrer em Infias onde ocupa o cargo de presidente daquela autarquia. Falta saber em quem aposta a Coligação para as restantes autarquias.

SUMÁRIO - O Concelho de Vizela, com pouco mais de 23 mil almas e cerca de 20 mil eleitores, não tem muita opção de escolha para tantas listas. Os contatos dos cabeças de listas ou dos partidos são feitos numa área muito reduzida pelo que a informação corre célere na estrada, mas, naturalmente, sem o anuncio oficial vale o que vale. É o caso deste texto que apresenta algumas certezas, como as recandidaturas de Dinis Costa e Miguel Lopes, e muitas dúvidas...ou seja, tudo o resto que é acrescentado. Para já muitas suposições, muitas movimentações mas lá diz o povo: o segredo é a alma do negócio.


APRESENTAÇÃO DAS LISTAS EM TRIBUNAL
Os tribunais de comarca têm de receber as candidaturas dos autarcas até 55 dias antes das eleições autárquicas (possivelmente até em finais de julho), que ainda não foram marcadas. É dessa forma que os candidatos são oficializados. Os tribunais podem depois apreciar pedidos de impugnação, que têm cinco dias para ser apresentados, período em que também analisam a legalidade das candidaturas. Depois desse prazo, o tribunal tem quatro dias para afixar novas listas, expurgadas (ou não) das primeira.

Se o reclamante não estiver de acordo, pode apresentar nova reclamação no prazo de dois dias. O tribunal tem depois dois dias para ouvir as partes e outros dois dias para decidir a contenda – seis dias no total. A decisão final é afixada no tribunal de comarca no final desse prazo. Se as partes assim entenderem, podem recorrer para o Tribunal Constitucional no prazo de dois dias, estipula a lei eleitoral autárquica. Todos estes prazos podem estar em risco já que há uma ameça dos funcionários judiciais para a altura da apresentação das listas com o seu sindicato a sublinhar que «há falta de funcionários do Ministério Público para tratar da questão das listas autárquicas».

A decisão final do Tribunal Constitucional deverá chegar a um mês das eleições autárquicas, e a primeira que for conhecida fará “jurisprudência” para as restantes, porque as decisões são tomadas em plenário e não admitem recurso. s reclamações (com trocas de candidatos inelegíveis, por exemplo).
Vamos com calma!

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