JSD apresenta “moção de censura” a Seguro e “moção de confiança” aos Portugueses

Comunicado da JSD




Resultado do défice e regresso aos mercados são triunfo dos
portugueses e confirmação da estratégia do Governo
O Governo anunciou hoje que o défice do ano passado respeitou limite
acordado com a Troika, demonstrando, tanto externamente como
internamente, que os sacrifícios que o povo português tem sofrido estão a
produzir resultados.

Ciente do notável esforço que foi pedido aos portugueses, a JSD não pode
deixar de sublinhar o extraordinário exemplo de abnegação, de trabalho e de
persistência que o povo português deu ao mundo.
O Governo, pela sua parte, merece o reconhecimento pleno pela correção do
caminho encetado, bem como o louvor pela vontade férrea em levar até ao
fim a sua estratégia de consolidação das contas públicas, sempre com o
superior interesse do país em perspetiva.
Foi esta cumplicidade na acção, entre o povo português e o Governo da
República, que permitiu um resultado que só pode ser lido como um sucesso
retumbante de Portugal.

A JSD sublinha, ainda, que há ainda muito caminho a fazer, mas o fruto dos
sacrifícios está à vista, sendo o regresso antecipado aos mercados, oito
meses antes do programado, a resposta cabal aos “velhos do restelo“ que
repetidamente duvidaram não do sucesso do governo, mas da capacidade do
país.
A queda acentuada nas taxas de juro da dívida pública portuguesa traduz a
restauração da confiança internacional no nosso país e é um passo
fundamental para restabelecermos integralmente a nossa soberania e
podermos, finalmente, reatar o caminho do crescimento económico
sustentável.

O país não pode ser a tábua de salvação de António José Seguro como
líder do PS.
A JSD não deixa de sublinhar a atitude verdadeiramente pueril do líder do
Partido Socialista que, de cabeça perdida e ciente do retumbante falhanço da
estratégia que encetou de descolagem do memorando da Troika, vem agora
reclamar, imagine-se, méritos pela confiança que os credores internacionais
depositam no nosso país e na dívida pública portuguesa.
É esta a altura de relembrar a Seguro e ao PS os versos de Camões, “um
fraco [líder] faz fraca a forte gente”. Um partido com a história e a tradição
democrática do PS não pode continuar a pactuar com a indigência
argumentativa, a pequenez de espírito e a incompreensível postura do
“quanto pior, melhor” que tem vindo a ser professada.

Não é admissível que a vacuidade triunfe no debate político, sobretudo num
momento particularmente difícil da história do nosso país, em que está em
causa a viabilidade de um edifício social que tanto custou a Portugal construir.
Não é admissível que o suposto líder da oposição assuma uma orientação de
princípio assente na fuga ao debate e na recusa peremptória de qualquer
discussão sobre matérias sensíveis da governação do país, não é um tal
comportamento digno de um populista quanto mais de alguém que se
promove como estadista.
A JSD exorta, pois, os militantes do Partido Socialista a reclamarem as
rédeas da estrutura e a definirem um rumo credível e responsável para o
combate político que deve ser feito, sob pena de se condenar à completa
irrelevância aquele que sempre foi tido como um partido de governo.
Mau grado o histórico recente do PS e apesar das suas indeclináveis
responsabilidades no estado calamitoso a que chegou o país, é hora de se
vislumbrar uma ideia, um pensamento, em suma, uma estratégia coerente,
percebível e dialogante que permita ao próprio Governo considerar a opinião
do Partido Socialista no debate difícil sobre a reforma do Estado a que
ninguém se pode furtar.

Mais do que o que foi (bem) feito até aqui pelo executivo liderado pelo
Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, importa refletir, debater e
consensualizar bases mínimas que solidifiquem os pilares essenciais sobre
os quais desejamos assentar o Estado de Direito Democrático nacional. E
para essa discussão, o PS é um parceiro indispensável.
Se porventura o autoproclamado líder da oposição se comportasse como tal,
estaria na altura de pedir a sua demissão. Contudo, dada a permanente
insignificância por que pauta a sua ação política e porque, como se percebe
do extremismo bacoco das posições recentemente assumidas, está próximo
o congresso do PS, resta aos portugueses aguardarem por uma alternativa
política real nas únicas eleições de que o país verdadeiramente precisa, as
eleições internas do Partido Socialista.
Para mais informações, contactar, p.f. Hugo Soares – 964963356.

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