Comunicado de Imprensa
O Bloco de Esquerda foi alertado por alguns habitantes da freguesia de Tagilde e depois viu confirmado pela comunicação social, que a Assembleia de Freguesia daquela terra impedia os seus habitantes de poderem fazer perguntas à junta de freguesia, quando da realização da assembleia caso não fossem feitas por escrito.
Numa altura em que se assiste a uma ofensa sem procedentes à democracia local por parte do governo PSD/CDS com destaque para a extinção de freguesias da qual Tagilde é uma das vítimas, é com preocupação que o BE assiste a este atentado à democracia por parte dos órgãos autárquicos da freguesia de Tagilde.
Como se pode compreender que a presidente da junta apele à população para que combata a prepotência do governo e lute pela sua freguesia, se ao mesmo tira aos seus fregueses o direito à palavra consagrado na constituição portuguesa.
Alega a autarca que tal alteração regimental se fez (porque há habitantes que só aparecem para apresentar discursos políticos sem sugestões benéficas para a freguesia) pois a democracia é isso mesmo, é aceitar a opinião dos outros e não corta a palavra cada um diz aquilo que lhe vai na alma.
Numa altura em que participação cívica e cidadã é uma preocupação de todos os responsáveis políticos, é incompreensível uma decisão destas. O Bloco de Esquerda coloca-se ao lado dos Tagildenses na defesa da democracia implantada com o 25 de Abril, o direito de questionar a junta de freguesia não pode ser um direito só de quem sabe escrever, lutar contra o analfabetismo é um dever dos autarcas reconhecer-lhe os mesmos direitos é uma obrigação legal.
A Coordenadora Concelhia de Vizela do BE apela aos órgãos autárquicos da freguesia de Tagilde, nomeadamente ao presidente da Assembleia de Freguesia que reponha a legalidade, pois só assim tem legitimidade para combater a ilegalidade que o governo está a fazer aos habitantes de Tagilde ao proceder a sua extinção como Freguesia.
A Coordenadora Concelhia do BE Vizela